Polícia Civil detém quadrilha que aplicava “golpe do boleto”

Ao todo, 20 pessoas foram presas acusadas de envolvimento no esquema

qui, 28/01/2010 - 11h13 | Do Portal do Governo

Após um mês de investigações, a Polícia Civil desmontou um esquema de “golpe do boleto”. Os estelionatários ofereciam serviços gratuitos a empresas e, após enviarem boletos de cobrança pelos serviços, ameaçavam protestar as empresas e enviar o nome delas aos serviços de proteção ao crédito.

Os policiais da 1ª Delegacia de Polícia do Consumidor, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), cumpriram sete mandados de busca e apreensão contra falsas empresas e associações entre a tarde da última terça-feira, 26, e a manhã de quarta-feira, 27.

A Polícia Civil prendeu 20 pessoas acusadas de envolvimento no esquema. Foram apreendidos comprovantes de ações judiciais e fichas cadastrais que provam que os estelionatários fizeram centenas de vítimas.

Além de 18 computadores, que foram apreendidos e encaminhado para a perícia, também foram encontrados roteiros manuscritos fixados nas paredes, que seriam seguidos pelos funcionários das falsas associações durante as ligações telefônicas.

Serão instaurados sete inquéritos policiais na 1ª Delegacia de Polícia do Consumidor do DPPC

Como era aplicado o golpe

Os estelionatários aplicavam o golpe de duas formas. Por meio de falsas associações e sindicatos, conseguiam dados de empresas em juntas comerciais e em publicações do Diário Oficial. Com as informações, emitiam boletos bancários com valores entre R$ 100 e R$ 500.

Também enviavam fax para as empresas solicitando que confirmassem o cadastro para que fossem publicados anúncios gratuitos em listas telefônicas. Após confirmar as informações no documento, que deveria ser devolvido com assinatura e carimbo, a empresa recebia boletos para pagamento.

Os estelionatários justificavam a cobrança dizendo que, ao contrário do contratado, o anúncio foi publicado em um site. Uma empresa de cobrança então entrava em contato com as vítimas ameaçando incluir o nome da empresa em órgãos como SPC e Serasa.

Da Secretaria de Segurança Pública