Polícia Ambiental faz operação de combate à madeira ilegal em SP

Ação vistoria caminhões e efetua fiscalização de madeireiras e postos de combustível do Estado

sex, 17/07/2009 - 17h25 | Do Portal do Governo

A Polícia Militar Ambiental de São Paulo, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e com o Instituto Florestal (IF), promove uma megaoperação contra o transporte e o comércio ilegal de madeira provinda da Amazônia. Denominada Operação Xilema, a ação envolve mais de 280 policiais e 92 viaturas e está em execução em todo o estado de São Paulo desde a quinta-feira, 16. A operação termina nesta sexta-feira, 17.

Policiais militares organizaram bloqueios em 36 pontos das principais estradas do Estado, onde caminhões de transporte de madeira são vistoriados. Em postos de combustíveis, os policiais procuraram veículos que usam o local para escapar das fiscalizações – dez já foram visitados. Os policiais também fizeram vistorias em pátios de madeireiras com suspeitas de irregularidades – pelo menos 21 já foram checadas.

Cinco dos bloqueios estão em posições estratégicas do Estado, onde é comum a passagem de caminhões que transportam madeiras. Esses postos estão nos municípios de Presidente Epitácio, Castilho, Rubinéia, Colômbia e Icem. O procedimento padrão da polícia prevê a checagem de documentos e uma vistoria nas madeiras transportadas.

A idéia é encontrar cargas que sejam ilegais. Para auxiliar na identificação delas, os policiais usam a tecnologia. Em cada local, uma câmera fotográfica com lentes macroscópicas faz imagens que são enviadas ao Instituto Florestal. O órgão analisa a origem da madeira e transmite o laudo técnico aos policiais em tempo real. O método está sendo utilizado pela primeira vez no Estado de São Paulo.

“Fazemos a identificação da madeira no local, produzimos uma imagem macroscópica, e o Instituto Florestal faz a análise em qualquer ponto do Estado que tenha um técnico habilitado. Essa parceria tem sido responsável pelo sucesso das fiscalizações”, afirmou o porta-voz da Polícia Ambiental, capitão Marcos Alves Diniz.

Os casos irregulares mais comuns nas madeireiras são a discordância nas quantidades (número maior ou menor que o registrado), e mercadorias sem documentação – que estão disponíveis para venda, mas não apresentam o Documento de Origem Florestal (DOF). As autuações variam de acordo com a quantidade de madeira irregular apreendida, e podem chegar a R$ 150 mil. Nos três últimos anos, já foram aplicados mais de R$ 4,8 milhões em multas.