A Pinacoteca do Estado de São Paulo expõe sua nova mostra de longa duração Arte no Brasil: Esta exposição é composta por cerca de 500 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias. Deste total, 300 obras passaram por processo de Conservação e Restauro, feito pela equipe técnica do museu. Para receber a mostra, o espaço foi totalmente readequado, incluindo troca de piso e dos sistemas de abertura das portas, e aprimoramento dos sistemas de climatização, iluminação e segurança.
A iniciativa contou com a colaboração dos Acervos Artísticos dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo, da Fundação Crespi Prado e da Coleção de Arte da Cidade, do Centro Cultural São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura, que cederam obras de seus acervos, imprescindíveis para a construção dos roteiros curatoriais propostos. Duas fontes de recursos do Governo do Estado de São Paulo viabilizaram integralmente a realização deste projeto: o FID – Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, e verbas destinadas pela Secretaria de Estado da Cultura.
Confira o Percurso expositivo:
Sala 1 – A tradição colonial
As obras contrapõem a tradição artística do Brasil colonial, tão estreitamente ligada à temática religiosa, à imaginação européia com relação ao país. A breve ocupação holandesa no Nordeste daria origem às primeiras pinturas que procuram reproduzir o ambiente natural do país segundo as tradições da pintura de paisagem européia.
Sala 2 – Os artistas viajantes
A sala reúne uma seleção de pinturas de paisagem executadas por artistas estrangeiros entre 1820 e 1890, aproximadamente.
Sala 3 – A criação da Academia
Esta academia forma gerações de artistas, representados por Agostinho José da Motta e Pedro Américo, entre outros, responsáveis pela difusão da regra acadêmica, que estabelece novos padrões de gosto ao ambiente artístico no Brasil.
Sala 4 – A Academia no fim do século
A sala apresenta obras de Rodolfo e Henrique Bernardelli, assim como de outros professores e alunos da Academia no período entre 1890 e 1915, como Zeferino da Costa, Belmiro de Almeida e Pedro Weingärtner.
Sala 5 – O ensino acadêmico
A sala propõe uma reflexão a respeito do sistema de ensino nas academias de belas artes, abordando alguns de seus aspectos principais: o exercício do desenho; os estudos do corpo humano; as cópias de pinturas dos grandes mestres e a viagem à Europa como prêmio da principal competição proposta pela instituição.
Sala 6 – Os gêneros de pintura
A sala reúne brasileiros dos quatro gêneros propostos pelo ensino acadêmico – natureza-morta, paisagem, retrato e pintura histórica – indicando o alcance e a longevidade do modelo francês difundido pelas academias do mundo.
João Baptista da Costa | Quaresmas, c.1910
Sala 7 – Realismo Burguês
A Academia é a base de um sistema artístico que pressupõe o mecenato. É inevitável que a produção acadêmica reflita, portanto, valores importantes para certas classes sociais.
Sala 8 e 9 – Das coleções para o museu
Estas salas reúnem obras oriundas de alguns dos grandes lotes de doação que vieram a constituir o acervo da Pinacoteca do Estado, como o da Família Azevedo Marques (1949), Família Silveira Cintra (1956), Alfredo Mesquita (1976/1994), entre outros.
Sala 10 – Um imaginário paulista
A sala propõe uma reflexão sobre a imagem que São Paulo busca projetar sobre si a partir do final do século XIX. As telas em que Almeida Junior propõe a tipificação do caipira paulista são contrapostas a imagens da transformação da paisagem urbana de São Paulo.
Sala 11 – O nacional na arte
Reunindo obras de diferentes períodos, a sala destaca uma questão que perpassa todo o século XIX brasileiro, permanecendo como indagação ainda para artistas e intelectuais do modernismo paulista: a criação de um ideário nacional nas artes.