Pesquisadores desenvolvem projeto para evitar riscos ligados a gases tóxicos

Com financiamento da Fapesp e do CNPq, cientistas brasileiros e estrangeiros investigam sistema de corte de gás

ter, 16/10/2018 - 20h25 | Do Portal do Governo

O Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CMDF), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), participa de um projeto realizado em cooperação internacional sobre sensores de gases tóxicos e explosivos. Vale destacar que o CMDF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), que conta com o apoio da fundação.

No Congresso Nacional Argentino, em Buenos Aires. os cientistas apresentaram a iniciativa que pretende desenvolver um sistema de interruptor de corte de gás, capaz de interromper o suprimento de uma instalação se uma concentração de monóxido de carbono ou de gás for detectada nos ambientes, acima de um nível estabelecido previamente para a segurança de quem usa as substâncias.

O sistema tem o objetivo de evitar a toxicidade por inalação de monóxido de carbono e o risco de explosão por gás natural ou engarrafado. “A absorção de monóxido de carbono pelo sistema respiratório é causa frequente de envenenamento. Trata-se de uma situação muito perigosa e letal, pois não é detectável pelos sentidos. Na argentina, são mais de 250 mortes e 2 mil intoxicações são registradas por ano”, salienta o deputado Eduardo Bucca.

Além disso, o parlamentar do país vizinho é autor de um projeto de lei que prevê que os aparelhos aquecedores de água tenham um sensor eletrônico de monóxido de carbono do tamanho de um chip, já desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores.

Medidores

Durante a explicação, o professor Miguel Ponce, da Universidade de Mar del Plata, abordou o desenvolvimento do sensor que controla a produção de monóxido de carbono. “Peço que o equipamento seja incluído em todos os equipamentos comerciais”, enfatiza o docente, que também falou sobre novos projetos, como medidores manuais de monóxido com celulares e bluetooth.

Participaram da reunião cientistas do Brasil, da Espanha e da Argentina, como Elson Longo, diretor do CDMF e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Juan Andres, professor da Universidade Jaume I, da Espanha.

No Brasil, o projeto também é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).