Ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo apresentou, neste mês, ações de incentivo às áreas de ciências durante a “Fapesp Week Belgium”, que ocorreu dos dias 8 a 10 de outubro.
Vale destacar que o evento teve objetivo de estreitar as relações entre instituições de pesquisa belgas e do Brasil. A iniciativa foi organizada pela Fapesp, em conjunto com diversas organizações do país europeu. O diretor-científico da entidade, Carlos Henrique de Brito Cruz, afirmou que o evento realizado em cidades belgas integra o esforço para a cooperação com a Bélgica, por meio de três acordos.
“Buscamos projetos completos, com prazos extensos e que sejam competitivos. O auxílio entre nações deve ir muito além do intercâmbio. Precisam ser projetos desenvolvidos em conjunto por pesquisadores do Estado de São Paulo e de outros países”, salienta.
Investimentos
No ano passado, a Fapesp destinou R$ 175 milhões para estimular a colaboração científica entre pesquisadores de instituições paulistas e redes de pesquisa fora do Estado e do Brasil. A ação busca potencializar os resultados dos trabalhos científicos em áreas de interesse em comum e ampliar o impacto da ciência produzida. Foram investidos R$ 27,2 milhões com as colaborações no País; Os apoios internacionais somam R$ 147,8 milhões.
“Em relação à cooperação científica, o potencial entre os dois países é enorme”, ressalta o diretor-administrativo de Pesquisa do Fundo Nacional para Pesquisa Científica (F.R.S.-FNRS), da Bélgica, Arnaud Goolaerts, Segundo o gestor, 58% dos artigos publicados por pesquisadores pelo fundo, que atua no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação na Federação Valônia-Bruxelas, são produzidos em colaboração com colegas de outros países. Do total, o porcentual de 2,5% resulta de parcerias com profissionais brasileiros.
Já a coordenadora do Departamento de Pesquisa e Inovação da entidade Wallonie-Brussels International (WBI), Jessica Miclotte, destacou a ampliação no interesse na colaboração entre pesquisadores brasileiros e belgas. “Dos seis escritórios de representação que a WBI mantém em outros países, um fica no Brasil. Esse é um exemplo da importância que damos a essa parceria”, avalia.
Parcerias
Além disso, a Fapesp mantém colaboração com a União Europeia para estimular parcerias entre pesquisadores sediados no Estado de São Paulo e pesquisadores do Velho Continente, por meio do programa Horizonte 2020.
São apoiados projetos nas áreas de Liderança em Tecnologias Industriais, Clima, Ambiente e Materiais, Segurança Alimentar, Agricultura Sustentável e Pesquisa Marinha, bem como de Saúde, População e Bem-Estar.
“Diversas instituições do Brasil apoiam e participam das colaborações, como a Fundação Oswaldo Cruz, a Universidade de São Paulo, o Instituto Butantan, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios e a Fapesp”, revela Peter Spyns, coordenador de Políticas Internacionais do Departamento belga de Economia, Ciência e Inovação, ao comentar as ações do Horizonte 2020.
A “Fapesp Week Belgium” também contou com apresentações de resultados de pesquisas em assuntos como “Indústria 4.0” e “Bioeconomia”, além de mesa-redonda sobre perspectivas para colaborações entre cientistas do Brasil e da Bélgica. A programação incluiu visitas e reuniões dos integrantes da delegação paulista a centros de pesquisa em municípios belgas.
