Pesquisadores de palmito trocam informações sobre projetos

Membros dos institutos de pesquisa e dos pólos regionais da Secretaria de Agricultura reuniram-se nesta quarta-feira

qua, 05/09/2007 - 20h24 | Do Portal do Governo

Membros dos institutos de pesquisa e dos pólos regionais da Secretaria de Agricultura reuniram-se nesta quarta-feira, dia 5, no Centro de Horticultura do Instituto Agronômico (IAC), em Campinas, para discutir sobre palmeiras produtoras de palmitos. Os pesquisadores puderam apresentar seus trabalhos e saber o que outros têm feito sobre o assunto, o que permite avaliar a perspectiva de projetos futuros.

“O objetivo é integrar os pesquisadores e traçar um plano de metas para o Estado”, disse a pesquisadora do Centro e uma das coordenadoras do evento, Valéria Modolo. Ela explica que se produz bastante palmito nas regiões dos vales (do Ribeira e do Paraíba), nas quais tradicionalmente era explorado o palmito juçara, ameaçado de extinção porque a planta tem de ser morta para extração do produto.

Com a entrada do pupunha, surgiu uma alternativa de cultivo. “É um palmito sustentável, você cultiva a palmeira para obter”, disse. Um dos entraves, segundo ela, é a falta de sementes. “Elas não são de tão fácil germinação, o Brasil não produz o suficiente para atender à demanda e ainda é uma espécie pouco melhorada (geneticamente)”.

As palmeiras são estudadas no IAC desde 1982, de acordo com Valéria, mas a diminuição do juçara na natureza foi o que motivou um incremento das pesquisas, cerca de uns 15 anos para cá. “Encontros como esse nos ajudam a delinear como resolver os problemas e como podemos nortear as pesquisas nesse sentido”, arremata.

São Paulo é um dos maiores produtores brasileiros de palmito. Em 2006, a área total de pupunha no Estado foi aproximadamente 3,9 mil hectares. Estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura, conclui que a inserção contínua do palmito no mercado externo depende de uma maior profissionalização do setor, o que engloba a garantia da qualidade e da regularidade da oferta, que também contribuiriam para a criação de novos nichos no mercado doméstico.

Da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Agricultura

(R.A.)