Pesquisadores da Unesp poderão atuar como embaixadores em instituições de ensino

Ideia é divulgar as ações da Universidade Estadual Paulista para aumentar as parcerias com entidades internacionais

ter, 18/02/2020 - 18h07 | Do Portal do Governo

Em função do Programa de Internacionalização da Universidade Estadual Paulista (Unesp), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação (CAPES PrInt Unesp), a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) decidiu estimular os professores a assumirem o papel de representante institucional no exterior, ou seja, um embaixador ou embaixadora da Unesp, quando realizam missões científicas em instituição de ensino estrangeiras.

“É relevante que o nosso embaixador atue de forma dinâmica nas universidades que visitam e façam colaboração técnico-científica e cultural para mostrar às instituições internacionais o quão grande e ativa é a nossa Unesp”, diz o professor Marcos Macari, docente do campus Jaboticabal, membro do Grupo Gestor do Capes PrInt e ex-reitor da Unesp.

O Programa Capes-PrInt Unesp tem 70 docentes da instituição com bolsas para missões ou atuação como professores visitantes.

“Esse é o potencial que temos para divulgar a Unesp e o Capes PrInt no exterior por meio dos pesquisadores, como embaixadores da Universidade, para atrair mais e novos parceiros internacionais. O embaixador da Unesp recebe suporte e instruções da Propg para atuar e ainda pode envolver outros professores e alunos que estiverem na mesma instituição no exterior. É uma maneira de aproveitar o fato de que estão fora do País para divulgar as fortalezas da Unesp”, explica Maurício Bacci, coordenador do Capes PrInt Unesp na Pró-Reitoria.

Potencial

O coordenador do tema Materiais e Tecnologia do PrInt Unesp e membro do Programa de Pós-graduação Ciência e Tecnologia de Materiais da Unesp, do campus Bauru, professor Carlos Roberto Grandini, destaca o potencial da ação do embaixador Unesp para dinamizar a diplomacia científica da universidade. O docente lembra o exemplo dele, quando participou de um congresso internacional da área em que atua.

“Minha atuação é na área de materiais e, ao participar de uma reunião de organização da World Biomaterials Congress, no ano passado, apresentei aos membros de doze sociedades de biomateriais do mundo o programa Print Unesp. A receptividade foi muito boa e tivemos o contato de vários interessados em estabelecer parcerias com nossos grupos de pesquisa”, afirma.

“Estimular os professores da Unesp a desempenhar o papel de Embaixador da Universidade de forma estruturada fortalecerá a ação institucional da universidade junto aos parceiros estrangeiros”, salienta o assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa (Prope), professor Paulo Noronha.

A Prope oferece suporte ao atendimento das chamadas de projetos em conjunto, submetidos às diferentes agências de fomento, sejam nacionais ou internacionais, além de auxiliar individualmente pesquisadores da Unesp para entrar em contato com colegas estrangeiros interessados em colaborar, seja pelo Capes PrInt ou por agências de fomento britânicas ou europeias.

Atuação

O primeiro pesquisador da Unesp a atuar como embaixador institucional é a professora Juliana Junqueira, do curso de Odontologia do Instituto de Ciência e Tecnologia, do campus São José dos Campos, que está na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, onde ficará por um período de seis meses, desenvolvendo pesquisa no Instituto de Microbiologia e Infecção da instituição britânica.

“Nosso objetivo aqui, além da pesquisa, é divulgar o nome da Unesp, fazendo com que as pessoas conheçam todas as potencialidades da nossa universidade e também as oportunidades que temos para se trabalhar em parceria com as instituições estrangeiras”, enfatiza a professora do Programa de Pós-graduação em Biopatologia Bucal da Unesp, em São José dos Campos.

“Uma das atividades que estamos organizando é apresentação do programa Capes PrInt da Unesp para falar sobre as chamadas dos editais 2020 para que professores, alunos e pesquisadores interessados possam ter tempo para se organizar”, acrescenta.

“O processo de internacionalização da Unesp vem sendo trabalhado de forma consistente nos últimos anos. É importante que os professores atuem como embaixadores e, ao mesmo tempo em que desenvolvem as pesquisas, mostrem as qualidades da universidade e as possibilidades de colaboração que existem, para que cada vez mais a internacionalização se estabeleça como forma de aumentar a qualidade do que é produzido”, comenta o assessor-chefe da Assessoria de Relações Externas (AREX) da Unesp, professor José Celso Freire Júnior.