Pesquisadores analisam efeitos do alto índice de chuvas sobre produção agrícola

Excesso de chuva prejudica colheita e provoca queda na qualidade

ter, 12/01/2010 - 18h00 | Do Portal do Governo

Análise elaborada pela equipe de pesquisadores do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas, do Instituto Agronômico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, (Ciiagro) e Centro de Monitoramento e Mitigação de Seca e Adversidades Hidrometeorológicas (Infoseca) mostra os efeitos do alto índice de chuvas registrado em dezembro no Estado.

Os efeitos negativos foram imediatos e continuam causando dificuldades, devido aos problemas de conservação do solo e alagamentos. Segundo o pesquisador Orivaldo Brunini, a dificuldade não está somente na qualidade, no desenvolvimento da cultura, perdas por doença ou podridão. “A colheita também fica prejudicada, assim como o trânsito de máquinas agrícolas. Os solos ficam encharcados, o que pode provocar erosões”, diz.

De acordo com o pesquisador, em São Paulo, poucas atividades poderão se beneficiar das chuvas intensas. “É o caso das pastagens e dos seringais, que necessitam de maior reserva hídrica”, explica Brunini.

O agricultor deve procurar orientação para evitar perdas de sementes e mudas nas tentativas de novos plantios antes que o solo já tenha se estabilizado (clique aqui para saber onde está localizada a regional mais próxima).

No caso da cana-de-açúcar, a colheita em dezembro foi altamente prejudicada, afetando o acúmulo de açúcar e transformação para sacarose – esses efeitos também deverão ser apresentados pelas plantas em desenvolvimento.

Para a cultura da videira, a alta pluviosidade afetou a qualidade e sabor  – as uvas podem ficar menos doces do que seria o normal). As hortícolas também foram afetadas com queda na qualidade das folhosas e maior ocorrência de doenças.

Também tiveram a maturação afetada e a qualidade afetada, frutíferas como figo, pêssego e maçã. A cultura do milho semeado em outubro poderá ser prejudicada na formação das espigas.

Quanto ao café, o excesso de chuvas sobre a floração e frutificação provocará em depreciação da qualidade, em função da heterogeneidade na maturação dos frutos. Em 2009, segundo estudiosos, a cafeicultura paulista já havia apresentado floração atípica, caracterizada por inúmeras floradas de baixa intensidade, distribuídas em períodos excessivamente longos, que se estenderam de agosto até início de dezembro. Isso gerou frutificação irregular, com frutos nos mais diferentes estágios de desenvolvimento.

Para conhecer a análise completa e outras informações, acesse o site www.ciiagro.sp.gov.br

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento