Palácio dos Bandeirantes abre exposição “Modernismo Lutas e Sonhos: 1930-1945”

A mostra revela um vibrante retrato artístico, social e político de São Paulo nas primeiras décadas do século XX

ter, 14/08/2007 - 21h49 | Do Portal do Governo

A partir desta quarta-feira, dia 15, o público pode visitar a exposição “Modernismo Lutas e Sonhos: 1930-1945”, no Palácio dos Bandeirantes. Além de exibir verdadeiras obras-primas de artistas brasileiros, de imigrantes, e de descendentes, a mostra revela um vibrante retrato artístico, social e político de São Paulo nas primeiras décadas do século XX, período em que a cidade crescia vertiginosamente para se tornar uma das maiores do mundo.

A abertura da exposição foi realizada na noite desta terça-feira, dia 14, com a presença do governador José Serra e da primeira-dama Monica Serra. Participaram, também, Alberto Goldman, vice-governador e secretário de Desenvolvimento; Aloysio Nunes Ferreira Filho, secretário da Casa Civil; Ronaldo Marzagão, secretário da Segurança Pública; João Sayad, secretário da Cultura; Hubert Alquéres, secretário de Comunicação; embaixador Rubens Barbosa; Fernando Leça, presidente da Fundação Memorial da América Latina; Vahan Agopyan, superintendente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas; diretores de museus, artistas, educadores, jornalistas, representantes do corpo consular e outros convidados.

A mostra reúne obras de artistas que pertenceram aos grupos formados a partir dos anos 30: Sociedade Pró Arte Moderna (SPAM) e Clube dos Artistas Modernos (CAM), Grupo do Santa Helena e o Grupo Bernadelli, além de seus desdobramentos como a Família Artística Paulista, os Salões de Maio e a Osirarte. Além de telas e esculturas, o Acervo vai mostrar objetos, fotos e documentos de época, na sua maior parte originária do Arquivo do Estado.

Para a curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios, Ana Cristina Carvalho, a iniciativa cumpre alguns objetivos. “Em primeiro lugar, trata-se de dar a todos, indistintamente, a oportunidade de conhecer obras de artistas famosos que estavam fechadas nos palácios governamentais, nem sempre disponíveis ao olhar comum. De outra parte, pode-se contar, pelas telas, esculturas e demais peças, como a cidade de São Paulo era vista por artistas como Rebolo, Mário Zanini, Fúlvio Pennachi, José Pancetti, Volpi, Ernesto De Fiore, Portinari, Paulo Rossi Osir, entre outros”, afirma.

Segundo Ana Cristina, desde março deste ano, o programa educativo do acervo vem desenvolvendo um trabalho que já começa a mostrar resultados positivos, apresentando um número total de visitantes que é o dobro do apurado no mesmo semestre do ano anterior.

A curadora da exposição, professora Elza Ajzenberg, destaca que a década de 30 estimulou o nascimento de uma visão crítica na maneira de pensar e foi decisiva para uma mudança do contexto cultural e estético dos anos que viriam: “O ano de 1933 foi fundamental nesse período. Nele foram publicados livros que marcaram para sempre gerações e gerações: ‘Casa Grande e Senzala’, de Gilberto Freire e ‘Evolução Política do Brasil’, de Caio Prado Júnior, que juntamente com ‘Raízes do Brasil’, de Sérgio Buarque de Holanda, nos levaram a uma nova descoberta do Brasil”, explica a professora.

“Por esses tempos, as temáticas nacionalistas ganharam destaque e o índio, o negro, o caipira e as paisagens dos canaviais nordestinos, foram atingindo espaços antes não pensados”, complementa Elza Ajzenberg.

Esta é a terceira exposição de uma série de mostras idealizadas por Ana Cristina. As anteriores foram Caminhos do Modernismo no Acervo dos Palácios e Gênese da Fé no Novo Mundo.

Serviço:

“Modernismo Lutas e Sonhos: 1930- 1945”

De 14 de agosto a 4 de novembro

Palácio dos Bandeirantes: Avenida Morumbi, 4.500 – Portão 2

Telefone para agendamento: (11) 2193.8282 / 8212

Agendamento eletrônico: www.acervo.sp.gov.br

Aberta ao público das 10 às 17 horas, de segunda a sexta-feira

Sábados, domingos e feriados, das 11 às 16 horas. Entrada gratuita.

(R.A.)