Nova gestora administrará atividades do Hospital Estadual de Serrana

Unidade passou por obras de ampliação e será referência no atendimento a pacientes de 26 cidades da região de Ribeirão Preto

qui, 13/12/2018 - 12h36 | Do Portal do Governo

O governador Márcio França assinou, nesta quinta-feira (13), no Palácio dos Bandeirantes, a autorização para a contratação da gestora do Hospital Estadual de Serrana, que atende os municípios da região de Ribeirão Preto.

Vale destacar que a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Faepa) foi a Organização Social de Saúde (OSS) selecionada para administrar a unidade, após convocação pública. A vigência do contrato é de cinco anos.

“Hoje é um dia especial para toda a região de Ribeirão Preto. Agora, a organização poderá ajudar a fazer a gestão dessa unidade de saúde importante, realizado o atendimento público, de qualidade e gratuito, como é feito em mais de 100 hospitais do Estado”, enfatiza o governador Márcio França.

O Hospital Estadual de Serrana passou por obras de ampliação e será referência no atendimento de média e alta complexidade para 26 cidades. O centro hospitalar atenderá casos de clínica médica, clínica psiquiátrica e cirurgias eletivas.

Investimento

A Secretaria de Estado da Saúde investiu R$ 11,4 milhões para a execução das obras de adequação estrutural da unidade, que possui mais de 5,7 mil m² de área construída. De acordo com a pasta, o custeio anual do hospital será de R$ R$ 42,6 milhões em 2019.

“O Hospital Estadual de Serrana ajudará a descentralizar os atendimentos em outros serviços locais, oferecendo atendimento de alta qualidade para a população da região”, salienta o secretário de Estado da Saúde, Marco Antonio Zago.

O corpo clínico será formado por várias especialidades médicas, como cirurgia geral, cirurgia vascular, ortopedia/traumatologia e otorrinolaringologia, entre outros. Exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada e endoscopia auxiliarão na definição de diagnósticos.

Além disso, a expectativa para atendimento ambulatorial em especialidades médicas é superior a 680 consultas médicas e não médicas, 500 exames, 180 internações, bem como os atendimentos de urgência e emergência. O funcionamento será ampliado gradativamente, com início das atividades ambulatoriais previsto para março de 2019.

Durante o período de implantação, a Faepa desenvolverá as medidas de gerenciamento necessários para o começo dos atendimentos, com apoio de um grupo trabalho composto por representantes da Secretaria de Estado da Saúde. Posteriormente, serão ofertados serviços de cirurgia, atendimentos emergenciais, procedimentos e exames, segundo o cronograma de ativação.

Gestão

A Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo é uma entidade de caráter privado, sem fins lucrativos e com autonomia administrativa e financeira, existente desde 1988.

O modelo de parceria com OSS para gestão de equipamentos públicos de saúde nasceu no Estado de São Paulo há 20 anos, com resultados positivos. Estudos da pasta indicam que os hospitais gerenciados por OSS se destacaram, em relação aos de administração direta, na eficiência e no custo-benefício do atendimento à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS).

Isso ocorre porque o modelo permite que os serviços ganhem a agilidade e a eficácia dos mecanismos privados de gestão, com maior autonomia para a área de recursos humanos e o gerenciamento dos estoques de medicamentos e insumos hospitalares, entre outros.

O contrato de gestão firmado com a instituição parceira contém metas assistenciais e de qualidade. Além disso, cabe às OSS prestar contas da produção e uso dos recursos públicos destinados aos serviços.

Em São Paulo, os relatórios de prestação de contas dessas instituições são encaminhados à Secretaria de Estado da Saúde, Tribunal de Contas do Estado, Assembleia Legislativa e para uma comissão de avaliação dos contratos de gestão, composta por membros do Conselho Estadual de Saúde e da Assembleia, garantindo, assim, a transparência do processo.