Meta de alfabetização de crianças é uma das prioridades no Estado de SP

Aos sete anos, alunos da rede estadual devem ter domínio sobre escrita alfabética e competências do discurso oral e escrito

sex, 26/10/2018 - 9h32 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo registrou desempenho acima da média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos anos iniciais do Ensino Fundamental, com 6,5 (a meta era de 6,1). Vale destacar que o indicador foi criado pelo Governo Federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas.

De acordo com a Secretaria da Educação do Estado, as crianças matriculadas em unidades da rede devem, aos sete anos, ter domínio sobre a escrita alfabética e competências do discurso oral e escrito.

A meta de alfabetização é uma das prioridades da pasta voltadas à Educação Básica, algo pioneiro no Brasil. No restante do País, os oito anos de idade são o padrão para que as crianças aprendam a ler e escrever. Com as ações propostas pela Secretaria, o objetivo já é realidade.

Iniciativas

Os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) já apontam que 95% dos alunos com sete anos matriculados na rede dominam a leitura e a escrita.

“A secretaria baseia grande parte das ações de trabalho, nos anos iniciais, em duas grandes frentes: o programa ‘Ler e Escrever’ e o projeto ‘Educação Matemática nos Anos Iniciais’. Assim, o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa e da Matemática integram um tripé de iniciativas tomadas como prioritárias”, ressalta a diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, da Secretaria da Educação, Sonia de Gouveia Jorge.

Segundo a diretora, o tripé permanece estruturado nos materiais de apoio ao currículo oficial e ao apoio as aprendizagens de todos os alunos do 1º ao 5º ano; na formação continuada dos profissionais que atuam nos anos iniciais do ensino; e no acompanhamento formativo realizado pelas equipes das Diretorias de Ensino nas escolas da rede.

“É fundamental olhar para cada região e perceber as especificidades. Desse modo, devemos celebrar os avanços e reconhecer todos os profissionais que se esforçaram para alcançá-los”, salienta o secretário de Estado da Educação, João Cury.

O Ideb é divulgado a cada dois anos e fornece um panorama do nível de qualidade dos ensinos Fundamental 1 (1º ao 5º ano, anos iniciais) e 2 (6º ao 9º ano, anos finais), além do Médio (3º série). Os resultados variam em uma escala de 0 a 10. Assim, quanto mais alto o número, melhor o desempenho.

Parâmetros

O cálculo é realizado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações de âmbito nacional, como Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e Prova Brasil. As metas são estabelecidas a partir desses parâmetros.

“Pretendemos estabelecer novas metas para superar cada vez mais os desafios. Contamos com um capital humano riquíssimo e somos capazes de avançar muito mais do que já progredimos”, avalia a secretário-adjunta da pasta, Cleide Bochixio.

“As avaliações têm um rumo muito avançado. Desejamos aproximar os instrumentos da rotina da rede pública de ensino, uma vez que é fundamental entender como eles funcionam”, afirma o coordenador da Coordenadoria de Informações, Monitoramento e Avaliação Educacional (CIMA), órgão vinculado à Secretaria da Educação, Marcelo Cabral.

Programas de incentivo à leitura, como o ‘Ler e Escrever’, fornecem os instrumentos necessários para os alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental adquirirem o domínio dessas competências. O Saresp e a Avaliação de Aprendizagem em Processo auxiliam a verificar o sucesso das ações, apontando os índices crescentes de alunos alfabetizados até os sete anos.