Memorial inaugura exposição que aproxima Oriente e Ocidente

A mostra traz o acervo de duas das principais galerias de São Paulo: a Galeria Deco, de Ideko Suzuki Taguchi, e a Mônica Filgueiras Galeria de

sex, 18/05/2007 - 8h03 | Do Portal do Governo

“Coluna Infinita – um diálogo histórico e contemporâneo” é o sugestivo nome da exposição coletiva que o Memorial inaugura neste sábado, dia 19, na Galeria Marta Traba, às 11 da manhã.

Concebida por Sidney Philocreon – idealizador e curador do projeto Linha Imaginária – a mostra aproxima obras de artistas modernistas e abstracionistas à produção de criadores contemporâneos. O critério de aproximação é o poético e não o historiográfico. O resultado é um mergulho em invenções e reinvenções de linguagens.

Fazem  parte  da  mostra  obras  em papel de artistas consagrados como Di  Cavalcanti,  Mira  Schendel, Flávio de Carvalho, Franz Krajcberg, Tarsila  do  Amaral, Lasar Segall e Iberê Camargo e de artistas atuais como Raquel  Kogan,  Florian  Raiss  e  Gilvan Nunes. A presença de artistas de origem  nipônica  também  é  marcante:  Tomie  Ohtake,  Yayoi  Kusama  e  Sachiko  Koshikoku,  entre  outros.  A  organização  é de Mônica Rubinho e Roberto  Okinaka,  além  de  Philocreon.  No  ano  que   vem  completa 100 anos de  imigração japonesa para o Brasil.

A  mostra  traz  o acervo de duas das principais galerias de São Paulo: a  Galeria  Deco,  de Ideko Suzuki Taguchi, e a Mônica Filgueiras Galeria de  Arte. Ambas são ativas há bastante tempo e passaram por vários movimentos  da arte brasileira. Mônica conviveu, era e é amiga de muitos dos artistas  presentes  na  exposição.  A  Galeria  Deco  trabalha  especialmente  com  artistas nipo-brasileiros. “Coluna Infinita” é um diálogo poético entre o  histórico  e o contemporâneo que resulta num campo de força cujos pólos –  o oriental e o ocidental – tensionam o arco da arte brasileira há mais de  50 anos.

A  relação pulsante estabelecida entre obras artísticas aparentemente tão  díspares  é  facilitada pelo espaço arquitetônico da Galeria Marta Traba.  Os  mil  metros quadrados em forma circular, com uma coluna cilíndrica no  meio,  quebram  a  hierarquia  do  olhar  e  conduzem o expectador, não à  unidade,  mas  ao  conjunto vivo das obras expostas. O resultado é tornar  clara a contínua relação entre passado e presente no objeto artístico.

Linha   Imaginária   é  um  projeto  de  intercâmbio  cultural  que  está  comemorando  10  anos  de  existência.  Idealizado  por  Philocreon,  ele  organiza  exposições  coletivas  de  artistas  contemporâneos no Brasil e  fora, sempre com recortes surpreendentes. Atualmente, está interessado em  agregar,  confrontar,  promover  diálogos  e  aproximações entre projetos  díspares da variadíssima e globalizada produção artística contemporânea.

Da Assessoria de Imprensa do Memorial da América Latina

(R.A.)