Memorial da América Latina celebra 29 anos com show de Jorge Aragão

Apresentação do cantor e compositor será realizada em 22 de março; venda de ingressos começa na próxima segunda-feira (5)

sáb, 03/03/2018 - 17h33 | Do Portal do Governo

Três meses depois de reinaugurado, o Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, recebe um convidado especial: Jorge Aragão. Um dos mais respeitados nomes da MPB, com 2 milhões de discos vendidos, o “poeta do samba” chega a São Paulo para comandar o show de aniversário de 29 anos da instituição, no dia 22 de março, com apresentação única.

Os ingressos, a R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada), começarão a ser vendidos pela internet em 5 de março, a partir do meio-dia. No dia do espetáculo, haverá uma bilheteria física, a partir das 9h, no Memorial, na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 – portão 13, ao lado do Terminal do Metrô Barra Funda.

Compositor, cantor e letrista, Aragão vem de berço privilegiado, o bloco carnavalesco Cacique de Ramos, que reunia a nata do samba carioca dos anos 1980: bambas como Arlindo Cruz, Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Marquinhos Satã e Zeca Pagodinho.

Ali, Aragão e outros integrantes do Cacique criaram o Fundo de Quintal, que fez história e ainda hoje é referência no samba brasileiro. Pouco tempo depois, Aragão decidiu investir na carreira-solo, alegando que queria ser apenas “um bom e respeitado compositor”. Foi bem mais longe. O resto da história é conhecido: com seu timbre raro, conquistou o público também como cantor e lá se vão 42 anos de estrada. Nesse caminho, recebeu muitos prêmios e múltiplas homenagens.

Surpresas

O repertório de Jorge Aragão dispensa apresentação. Quem não conhece “Malandro”, sua primeira obra, gravada e consagrada na voz de Elza Soares? Ou, “Coisinha do Pai” (que estourou antes com Beth Carvalho), “Moleque Atrevido”, “Vou Festejar”, “Identidade”, “Enredo do Meu Samba” e as versões em cavaquinho da “Ave Maria”, de Gounod, e a ária das “Bachianas Brasileiras”, de Villa Lobos? Todas essas e muitas outras surpresas encantarão o público no show “Memorial 29 anos com Jorge Aragão”.

Autodidata, o artista confessa que faz música para ficar de bem com ele mesmo. “Meu barato é compor, cantar é consequência”. Primeiro, trabalha a melodia. “Ela precisa fluir e arrepiar”, revela. No resultado final, fica difícil conter a emoção. “Choro com os personagens de minhas canções de tanto que eles vivem na minha cabeça”, destaca o compositor.

O Memorial da América Latina é uma Fundação de Direito Público Estadual sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. O objetivo principal da instituição é difundir as manifestações latino-americanas de criatividade e de saber e integrá-las às atividades intelectuais do Estado de São Paulo. O Memorial é vinculado à Secretaria de Estado da Cultura.