‘A queda da mortalidade infantil em São Paulo foi efetiva porque não apenas a rede hospitalar é excepcional, mas também temos o tratamento da água, que é de excelente qualidade’, elogiou Lembo
Em 2005, a mortalidade infantil teve taxas de 13,5 óbitos de crianças menores de um ano por mil nascidas vivas. O índice é 20,7% menor do que o registrado cinco anos antes.
O governador Cláudio Lembo visitou as obras de reforma e ampliação do Hospital Infantil Cândido Fontoura
Esse novo prédio abrigará centro-cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e Neonatal, ala de Neonatologia, Central de Esterilização de Materiais e uma nova ala de internação
O hospital não parou de funcionar durante o período de obras, trabalhando com 80% de sua capacidade
São Paulo tem os menores índices de mortalidade infantil de todo o país. O anúncio foi feito pelo governador Cláudio Lembo nesta segunda-feira, dia 5, no Hospital Cândido Fontoura, na zona Leste da Capital. Em 2005, a mortalidade infantil teve taxas de 13,5 óbitos de crianças menores de um ano por mil nascidas vivas. O índice é 20,7% menor do que o registrado cinco anos antes, em 2000, quando a taxa era de 17, e 84% menor do que em 1975, com 85,24 em mil.
Em outras palavras, desde 1975, cerca de 44 mil crianças deixaram de morrer no primeiro ano de vida. Ano passado, 8 mil crianças morreram antes de completar um ano de vida.
“A queda da mortalidade infantil em São Paulo foi efetiva porque não apenas a rede hospitalar é excepcional, mas também temos o tratamento da água, que é de excelente qualidade”, elogiou Lembo. O governador ainda ressaltou que São Paulo é o único estado no Brasil a ter dados atualizados, graças à Fundação Seade, que coleta, organiza, analisa e divulga informações técnicas e dados estatísticos.
Os principais motivos para a diminuição da taxa, apontados por dados da Fundação Seade, são a assistência ao recém-nascido, expansão do saneamento básico e campanhas de vacinação. Fatos como a ampliação da rede de hospitais, que hoje conta com cerca de 80 leitos de UTI infantil e neonatal, a estruturação e a descentralização dos serviços de atendimento básico para o município, a capacitação de profissionais de ginecologia e obstetrícia e a melhoria do saneamento básico das cidades foram fundamentais para a conquista desses índices, de acordo com o secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.
Resultados
A queda do índice de mortalidade infantil detectada no Estado de São Paulo é contínua. Em 2004, foi de 14,3 mortes para cada mil nascidas vivas e no ano anterior esse número era de 14,8. Em 2002, foi 15, e em 2001, 16,1 por mil.
Não existe dado recente da taxa de mortalidade infantil brasileira, o último número é de 2002, onde havia 25 mortes a cada mil crianças nascidas vivas. Números quase duas vezes maiores que a média paulista.
No Estado de São Paulo, 244 cidades tiveram índices inferiores a 10 mortes por crianças menores de um ano nascidas vivas, nível comparável a países da Europa. Barretos foi a região que obteve o melhor índice em 2005, com 9,8. Outras regiões que estão com bons índices no Estado: São José do Rio Preto, com 10,8, e Campinas, com 11,2. Nenhuma região teve índice superior a 20 mortes por mil crianças nascidas vivas.
Hospital
O governador Cláudio Lembo visitou as obras de reforma e ampliação do Hospital Infantil Cândido Fontoura, referência em atendimento na zona Leste da Capital. O governo do Estado está investindo R$ 8,1 milhões nas obras.
Na reforma do hospital está prevista a construção de um novo edifício, ao lado do bloco já existente. Esse novo prédio abrigará centro-cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e Neonatal, ala de Neonatologia, Central de Esterilização de Materiais e uma nova ala de internação.
Os trabalhos de recuperação do Cândido Fontoura começaram em outubro de 2005 e estão sendo entregues à medida que ficam prontos e em março de 2007 deverão estar totalmente concluídos. O hospital não parou de funcionar durante o período de obras, trabalhando com 80% de sua capacidade.
Jaina Carvalho
