A USP terá, até o fim de agosto, seu próprio site para compartilhamento de vídeos. A novidade está sendo preparada pelo Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica (Poli). Atualmente, está no ar um protótipo, ainda na fase de testes na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Passada essa etapa, a página estará disponível para toda a comunidade USP – com vídeos com enfoques distintos sobre a Universidade, e abertos a todos os interessados.
A idéia surgiu para otimizar as demandas de gerenciamento, transmissão e recursos de disponibilização de vídeos. A plataforma foi desenvolvida inteiramente com software livre desenvolvido no Brasil e, como diferencial, oferece filmes já carregados e ao vivo.
“Essa plataforma é capaz de realizar o gerenciamento de usuários com interesses em comum. Por exemplo, um internauta que sempre busca por documentários de ciência, terá, ao entrar na rede, uma lista de outros vídeos e usuários com o mesmo interesse”, afirma Regina Melo Silveira, coordenadora do Larc.
O sistema utiliza os padrões internacionais MPEG-7 e MPEG-21, que são, respectivamente, empregados para descrição e indexação de conteúdos multimídia e definição da infra-estrutura para distribuição e consumo desses mesmos dados.
Difusão
A nova plataforma possibilitará o compartilhamento de vídeos acadêmicos. Públicos ou privados, serão utilizados por grupos de disciplinas, de pesquisa e alunos que queiram habilitar a visualização apenas para um porcentagem restrita de usuários.
“O projeto pode ser utilizado como ferramenta institucional para que a academia preserve e divulgue o seu trabalho”, fala a professora. A plataforma, com isso, se constitui em uma maneira para divulgar o trabalho no ensino superior para pessoas quem não têm acesso à Universidade. “Vídeos que tratam das competições esportivas, das experiências científicas e também das manifestações políticas estarão no sistema”, diz Regina.
As semelhanças com o famoso YouTube estão no fato que os usuários possuem liberdade sobre a qualidade do vídeo e o sistema também funciona sob demanda – ou seja, são os internautas que escolhem quais temas e quais vídeos querem assistir.
A pesquisa é conduzida em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que colaborou pra o desenvolvimento da transmissão de dados e monitoria do servidor.
Da USP Online