Juros bancários: Fundação Procon-SP divulga balanço anual de 1999

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qua, 29/12/1999 - 14h13 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, durante 1999, efetuou mensalmente levantamentos das taxas de juros bancários praticadas em 14 bancos. De acordo com análise comparativa nas modalidades pesquisadas, cheque especial e empréstimo pessoal, verificou-se no primeiro caso que a taxa média anual foi de 10,56% (inferior à de 1998, que foi de 11,05%, com decréscimo de 0,49 pontos percentuais). Já para o empréstimo pessoal, constatou-se que a taxa média anual ficou em 5,71% (em 1998 essa média foi de 6,33%, decréscimo de 0,62 pontos percentuais).
A pesquisa revelou que no caso do cheque especial a maior taxa média anual foi de 12,14% (Banco Real) e a menor, de 8,66% (Caixa Econômica Federal).A diferença de 3,48 pontos percentuais, representa variação de 40,18%.
Com relação ao empréstimo pessoal, detectou-se que a maior taxa média anual foi de 6,45% (Banco Itaú) e a menor foi de 4,91% (Banco Bandeirantes), uma diferença de 1,54 pontos percentuais, que representa variação de 31,36% entre a menor e a maior. Embora o Banco Bandeirantes tenha apresentado a menor taxa média anual para o empréstimo pessoal, o mesmo não operou com essa modalidade de crédito (período de 30 dias) nos meses de fevereiro, março, agosto, setembro e outubro. Assim, dentre as instituições que operaram durante todos os meses do ano com essa linha de crédito, o Banco do Brasil foi o que apresentou a menor taxa média anual, 5,05%, uma diferença de 1,40 pontos percentuais, que representa variação de 27,72% entre a menor e a maior.
Os técnicos do Procon-SP informam que em 1999, as médias mensais das taxas de juros no empréstimo pessoal apresentaram elevação entre janeiro (6,22%) e março (6,77%), o que representa uma variação de 8,84% (0,55 pontos percentuais). Já de abril (6,25%) a dezembro (4,98%), observou-se um progressivo decréscimo, resultando numa variação de 25,50% (-1,27 pontos percentuais).
Ao longo do ano, fatores como inadimplência e possibilidade de volta da inflação, entre outros motivos, contribuíram para a manutenção em patamares elevados das taxas de juros bancários. O mercado, apesar de cauteloso, demostra tendência de continuidade da gradual redução das taxas de juros no decorrer do próximo ano, em função das propostas de reformas estruturais anunciadas pelo governo e das medidas tomadas pelo Banco Central neste ano.
Os técnicos alertam os consumidores que tiverem real necessidade no uso dessas linhas de crédito a pesquisarem e lerem atentamente o contrato para evitar surpresas. As taxas de juros continuam altas e apresentam grandes disparidades, o que reforça a necessidade de atenção por parte dos consumidores.
Os bancos que fizeram parte da coleta foram: Banco Bilbao Vizcaya-BBV, Banco do Brasil, Bandeirantes, Banespa, BCN, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Mercantil Finasa SP, Nossa Caixa Nosso Banco, Real, Santander e Unibanco.
A pesquisa pode ser consultada pelos interessados pelo telefone, 3824-0446 ou nos postos de atendimento pessoal da Fundação Procon-SP (Poupatempo Sé e Santo Amaro).