Jundiaí vai receber vôos de Congonhas

Medida cumpre determinação oficial de reduzir a participação de pousos e decolagens de aviões executivos em Congonhas, na Capital

sáb, 11/08/2007 - 16h07 | Do Portal do Governo

O aeroporto estadual de Jundiaí vai receber vôos executivos de Congonhas. A iniciativa, sugerida pelo Governo do Estado, foi acatada pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim. Neste sábado, 11, o Secretário Estadual dos Transportes, Mauro Arce, acompanhou a vistoria de Jobim aos aeroportos de Viracopos, em Campinas; de Cumbica, em Garulhos; e o Aeroporto Estadual Comandante Rolim, em Jundiaí.

A medida já tinha sido proposta pelo governador José Serra quando o ministro visitou o Palácio dos Bandeirantes. Três dias depois do acidente com o vôo da Tam, ela também já fora encaminhada ao presidente da República através de uma carta assinada pelo governador.

A transferência de vôos segue determinação oficial de reduzir a participação de pousos e decolagens de aviões executivos em Congonhas, na Capital. De imediato, Jundiaí poderá receber 150 novos vôos – hoje são 100 por dia. Para tanto, o aeroporto vai ganhar novos equipamentos e uma torre de controle para permitir pousos e decolagens com instrumentos. A expectativa é de que a adaptação custe cerca de R$ 1,5 milhão.

“Não vai haver uma determinação. Vai depender de cada um”, frisou o Secretário Mauro Arce, sobre quais empresas vão transferir vôos para Jundiaí e quando elas farão isso. Segundo ele, cabe às empresas de táxi aéreo escolher as cidades para onde os vôos serão transferidos. “Quem vai dizer aonde quer ir não somos nós, isso o Ministro deixou muito claro”.

O aeroporto de Jundiaí, cidade distante 60 quilômetros da Capital, tem pouquíssimas restrições para pouso e decolagem, observou Arce. “Metereologicamente falando, essa região é privilegiada, então não é esse o ponto. O que vai acontecer com o vôo por instrumento? Vai melhorar as condições de operação, vai aumentar o tempo que este aeroporto vai operar”.

Mauro Arce estima que o aparelho de GPS (Global Positioning System), essencial para operações por instrumentos, tem valor na casa dos R$ 200 mil. Além dele, é necessário outro aparelho para transmissão via rádio.

As providências que dizem respeito a tráfego aéreo e a definição de freqüência de pouso e decolagem em cada aeroporto são de competência do Ministério, lembrou o Secretário. “Mas como o governador José Serra falou, estamos abertos a colaborar”, completou. O aeroporto de Jundiaí é administrado pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo).

Ministério

“Já há condições de operação imediata porque aqui em Jundiaí há possibilidade de projeção visual. Então este aeroporto já tem disponibilidade de receber parte da aviação geral”, destacou o Ministro Nelson Jobim sobre o aeroporto de Jundiaí. Os recursos para a construção da torre e aquisição dos equipamentos já estão disponíveis.

Manoel Schlindwein

(J.H.)