Icesp faz ‘Blitz da Saúde’ contra cigarro no Pátio Metrô São Bento

Haverá testes e avaliações gratuitas nesta quarta-feira (24) em ação que visa conscientizar população sobre o câncer de cabeça e pescoço

seg, 22/07/2019 - 13h34 | Do Portal do Governo

Os usuários do Metrô que passarem pelo Pátio Metrô São Bento, no Centro da capital, na próxima quarta-feira (24), entre as 11h e 14h, poderão participar da “Blitz da Saúde”, ação promovida pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e à Faculdade de Medicina da USP.

O público poderá realizar, gratuitamente, avaliação da saúde bucal, testes do grau de dependência à nicotina e exames de monoximetria, também conhecido como “bafômetro” do cigarro, que avalia o nível de monóxido de carbono no fumante, além de receber orientações gerais e encaminhamento para tratamento do tabagismo na Unidade de Saúde de referência.

A ação é uma parceria do Icesp com o Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), unidades estaduais de saúde, com apoio do Pátio Metrô São Bento, em prol do movimento “Julho Verde”.

A campanha visa a conscientização do câncer de cabeça e pescoço, que são os tumores que se desenvolvem na boca, língua, faringe, laringe, glândulas salivares, cavidade nasal e da tireoide e que afetam diretamente as funções de fala, deglutição, respiração, paladar e olfato.

Levantamento realizado pelo Icesp aponta que 6 a cada 10 pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no Instituto já foram diagnosticados em estágio avançado da doença, o que significa chances de cura em torno de 40%, enquanto a probabilidade em tumores precoces pode chegar a 90%.

“O prognóstico dos cânceres de cabeça e pescoço varia conforme seu estadiamento. Nos casos precoces, podemos falar em cura entorno de 70 a 90%. Já nos tumores maiores, com estadio avançado, a sobrevida cai para de 30 a 50%, além de elevar o custo do tratamento – os tumores precoces possuem custo de tratamento 10 vezes menor que os avançados”, afirma o Chefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Marco Aurélio Kulcsar.

O tabagismo e o etilismo são fatores de risco para o surgimento da doença. Outro estudo realizado no Icesp apontou que 80% dos pacientes com esses tipos de tumores atendidos no hospital são ou já foram tabagistas. Quando se trata do etilismo (consumo excessivo de álcool), os números representam 50% dos pacientes.

Reconhecer o tumor precocemente é o principal fator de cura. Os sinais mais comuns de alerta são manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas persistentes, lesões nos lábios que não cicatrizam, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz.

“É importante procurar uma avaliação médica se qualquer sinal de alerta persistir por mais de 15 dias. Quanto antes o paciente for diagnosticado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida após o tratamento”, completa Kulcsar.