Hospital das Clínicas de Botucatu promove debates sobre tratamento de AVC

Evento realizado no Salão Nobre da unidade ligada à Unesp contou com a presença de profissionais de diversas áreas

qua, 05/09/2018 - 14h33 | Do Portal do Governo

Em 31 de agosto e 1º de setembro, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), ligado à Universidade Estadual Paulista (Unesp), promoveu um de palestras e mesas-redondas intitulado “10 anos de Trombólise no AVC – Abordagem Multiprofissional”.

O evento contou com a participação de médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos, residentes, alunos de graduação e técnicos, além de outros profissionais da área da saúde.

Ações

Uma das atividades da programação foi um simulado destinado exclusivamente aos profissionais que atuam na Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital. Médicos residentes da equipe se dividiram e, um grupo por vez, atenderam uma paciente fictícia com sintomas de AVC. A intenção era aprimorar os procedimentos ligados ao tema.

“Destaco que o pacienta com diagnóstico de obesidade abdominal apresenta risco aumentado de infarto. Para o AVC, o índice aumenta pelo acúmulo de gordura, com 500 mil casos anuais no território brasileiro”, diz o cardiologista e diretor de pesquisa da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese, Álvaro Avezum, .

“Pesquisas nos Estados Unidos apontam uma relação entre o aumento na mortalidade por AVC e as máximas e mínimas de temperatura. Por aqui, mesmo entre as populações das regiões Sul e Sudeste, de clima subtropical, ainda não havia sido realizado um trabalho semelhante na área”, revela o médico, professor da Unisantos e coautor da pesquisa Alfésio Luís Ferreira Braga.

“A prática esportiva minimiza a reincidência da doença, por causa do aumento da resistência física. É importante frisar que isso tem influência na melhora do sistema imunológico para trabalhar no combate ao desenvolvimento de doenças”, afirma a coordenadora médica do Serviço de Reabilitação do Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp), Christina May Moran de Brito.

Esporte

De acordo com especialistas, pelo menos 30 minutos diários em exercícios físicos podem resultar em ótimos efeitos para o organismo. “A dedicação ao esporte reduz em 50% o risco de morte por câncer de mama, por exemplo”, avalia Victor Matsudo, coordenador do Programa Agita São Paulo e diretor-científico do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFICS).