HC adota práticas para aumentar segurança do paciente cirúrgico

Espaço faz campanha pra mostrar nova técnica internacional, Time Out, nesta segunda-feira

seg, 06/07/2009 - 10h00 | Do Portal do Governo

Nesta segunda-feira, 6, o Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, promove a campanha de sensibilização “Cirurgia Segura Salva Vidas” e inova com a implantação do Time Out, instrumento de checagem que aumenta a segurança do paciente no momento da cirurgia. Palestras, relatos de experiências, dramatização e distribuição de material educativo aos profissionais acontecem das 7 às 15h30.

Com o novo instrumento, o checklist será realizado em sala cirúrgica por um enfermeiro, cirurgião ou anestesista, em três momentos do processo operatório: antes da anestesia, antes da incisão na pele e antes da saída do paciente da sala cirúrgica. Para implantação do modelo, equipes são treinadas e capacitadas pelo hospital.

As informações serão confirmadas em voz alta e na presença da equipe. De 10 itens conferidos hoje, em média, o hospital passará a verificar cerca de 20 itens, dependendo da complexidade do procedimento.

Na sala cirúrgica, serão checados a identificação do paciente, o procedimento agendado, o local da cirurgia (de preferência marcado com um circulo pelo cirurgião na pele do paciente), os equipamentos, materiais e medicamentos estabelecidos pela equipe médica e documentos, como: histórico do paciente, exame físico, avaliação inicial de enfermagem, avaliação pré-anestésica, consentimentos cirúrgico e anestésico, além de exames complementares relevantes para o procedimento em sala.

A intenção do instituto, segundo o Diretor Executivo Carlos Suslik, é aumentar a segurança do paciente cirúrgico, com a adoção de práticas internacionais baseadas em evidência e incentivadas pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde.

Estudos realizados pela Aliança Mundial de Segurança do Paciente, entre setembro de 2007 e setembro de 2008, em países como Canadá, Inglaterra, Estados Unidos, Índia, Jordânia, Nova Zelândia, Filipinas e Tanzânia, revelaram redução de 50% nas mortes e 63% nas complicações cirúrgicas após a adoção dessa ferramenta.

Muitas das verificações já são rotinas no hospital. O que a gestão almeja é implantar uma conferência mais elaborada, rigorosa e sistematizada, seguindo recomendações da OMS.

O Instituto Central do Hospital das Clínicas realiza cerca de 2.600 cirurgias/mês, nas 42 salas do Centro Cirúrgico.