Grupos escolares podem realizar visitas agendadas ao Museu do Futebol

Desde 2008, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa já recebeu cerca de 375 mil visitantes em agendamentos

qui, 21/11/2019 - 16h21 | Do Portal do Governo

Reconhecido por produzir conteúdos de diversas áreas com base em assuntos ligados à prática esportiva, o Museu do Futebol oferece visitas a grupos escolares, conduzidas por uma equipe multidisciplinar composta por integrantes do Núcleo Educativo.

Desde 2008, a instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado já recebeu cerca de 375 mil visitantes, que estiveram no museu da capital paulista após o agendamento.

Todas as orientações e o passo a passo para confirmar a ida ao local podem ser consultados pelo site do museu. Para uma visita educativa ao espaço, é preciso que a unidade de ensino realize um agendamento prévio, exclusivamente pelo telefone (11) 3661-2273, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h30. 

A exposição principal, distribuída em 15 salas temáticas, narra de forma pedagógica e interativa como o futebol chegou ao Brasil e se tornou parte da história e cultura nacionais. Trata-se de um ambiente aberto ao convívio de todos os públicos, amantes ou não do esporte mais popular do planeta.

Metodologia

A mediação é a metodologia utilizada para que a vivência e a troca entre o educador e o grupo resultem em uma experiência crítica e lúdica dentro do local. Os educadores desenvolvem roteiros variados, escolhidos de acordo com o perfil do grupo, como faixa etária ou instituição.

Ialê Cardoso, coordenadora do Núcleo Educativo do Museu do Futebol, destaca a importância da iniciativa voltada aos estudantes. “Muitas vezes, trata-se de um público que vem a um museu pela primeira vez na vida. Trabalhamos o acolhimento afetivo e entendemos as bagagens de vida, fazendo com que a visita faça sentido. Transformamos esse momento por meio do cuidado e carinho do educador”, explica.

Baseados em pesquisa e referências interdisciplinares, os roteiros têm como propósito provocar reflexões sobre a história, sociedade e cultura, com o futebol como fio condutor.

“No museu, temos a oportunidade de usar um tema popular e abrir um campo de debate com os grupos escolares para outros temas. Futebol é gatilho para outros assuntos. Saliento o papel fundamental do educador, que sabe fazer essa ponte”, ressalta Marcelo Continelli, assistente de coordenação do Núcleo Educativo do museu.

A visita dura 1 hora e 30 minutos, em média, e é aberta a qualquer instituição, sejam escolas, universidades, ONGs, associações, escolas de futebol, clubes e federações, empresas ou agências de turismo, por exemplo. A capacidade de atendimento é de 56 horários por semana (cada horário corresponde a um grupo de até 20 pessoas).

 Preparação

Vale lembrar que as atividades agendadas contam com uma preparação da equipe de educadores, formados em diversas áreas do conhecimento. “Enviamos aos professores um formulário com alguns temas para fazer o recorte dos temas. As visitas são customizadas e temos uma equipe multidisciplinar”, acrescenta a coordenadora Ialê Cardoso.

A avaliação dos docentes que acompanham os alunos também é um fator importante para o Núcleo educativo. “Todas as visitas têm formulário de avaliação. Tentamos mensurar o feedback e os próprios educadores fazem autoanálise. É um ambiente de troca, pois os professores também ficam encantados com os conteúdos”, completa o assistente de coordenação Marcelo Continelli, que reforça a importância da manutenção das políticas públicas que garantam a gratuidade do acesso ao museu.

São vários os desafios apontados pelos membros do Núcleo Educativo para o trabalho diferenciado no Museu do Futebol. “Estar sempre atualizado, conseguir mediar para diversos perfis de público ao mesmo tempo, adaptar linguagem, lidar com espaço expositivo que demanda atenção do público e quebrar uma ideia de que o futebol é um universo fechado representam oportunidades de aprendizado a todos os envolvidos”, avalia Marcelo Continelli.

“Temos o desafio de saber usar e mostrar para os professores que os educadores, por terem formações diversas, fazem percursos diferentes, o que é muito enriquecedor”, finaliza Ialê Cardoso, coordenadora do Núcleo Educativo do Museu do Futebol.

Sobre o Museu do Futebol

Situado em uma área de 6,9 mil m² no avesso das arquibancadas de um dos mais antigos estádios brasileiros, o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), o Museu do Futebol foi inaugurado em 29 de setembro de 2008 e é uma das instituições do gênero mais visitados do Brasil.

O atendimento ao visitante é prioridade nas ações educativas do local, que também desenvolve exposições temporárias e itinerantes, além de programação cultural diversificada.

O museu é totalmente acessível ao público de pessoas com deficiência e estrangeiros, com recursos variados, tanto de acessibilidade física (escadas rolantes, elevadores, piso podotátil, cadeira de rodas) quanto comunicacional (audioguias em inglês, espanhol e para cegos, maquetes táteis e materiais sensoriais).

Em 2013, o espaço inaugurou o Centro de Referência do Futebol Brasileiro, que possui a primeira biblioteca pública especializada em futebol no País, com mais de 3 mil títulos nacionais e estrangeiros.

Desde a inauguração, o museu é administrado pela Organização Social (OS) de Cultura IDBrasil Cultura, Educação e Esporte (antigo Instituto da Arte do Futebol Brasileiro), entidade privada sem fins lucrativos que presta serviço público de interesse da comunidade. Os recursos para a administração do Museu do Futebol provêm do Estado e de captações realizadas pela própria entidade (ingressos, locações e patrocínios).

O modelo de gestão de equipamentos culturais vigente no Estado desde 2005 tem mostrado resultados positivos. Além de garantir a qualidade no atendimento ao público, as organizações sociais oxigenam as ações de São Paulo na área da cultura e garantem uma parceria bem-sucedida entre o poder público e a sociedade civil organizada.

A OS tem a função de manter os equipamentos e os instrumentos necessários para a realização dos serviços contratados, bem como a integridade física da edificação ocupada pelo museu. Ela também se compromete a gerar conteúdos coerentes com as especificações da instituição que administra, ao mesmo tempo em que os divulga, para atingir e dar acesso ao maior número possível de pessoas.