No Estado de São Paulo, levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento mostra que a safra das águas deverá sofrer influência das chuvas das últimas semanas. O reflexo maior acontece no feijão das águas, onde o produtor encontra dificuldades para comercializar a safra colhida.
Feijão das Águas
Os primeiros levantamentos, realizados em novembro último, apontavam para uma redução da área plantada de feijão das águas em torno de 10,4%, de 73,21 mil para 65,59 mil hectares cultivados e queda de produção de 121,8 mil para 107,6 mil toneladas. Além desta queda, a colheita do grão ficou comprometida por conta das chuvas intensas nas principais regiões produtoras, como a região Sudoeste do Estado.
De acordo com o levantamento do IEA, o Estado de São Paulo na safra 2005/2006 computou 183,21 mil hectares de cultivo entre as três safras de feijão: da seca, das águas e de inverno.
Amendoim das Águas
O crescimento acelerado das áreas de cana e boa remuneração ao produtor são as principais causas na redução no cultivo do amendoim das águas. A expectativa é de declínio de 12% na área, de acordo com este neste levantamento de novembro realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, através de seus órgãos – a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e o Instituto de Economia Agrícola. Foram registrados na safra passada 65,45 mil hectares da cultura contra uma expectativa de 57,21 mil hectares.
Segundo analistas do IEA, esta queda deve-se principalmente a vantagem comercial oferecida pela cana, a cultura de amendoim é comumente utilizada na renovação dos canaviais, mas isto não está acontecendo. No estado foram cultivados cerca de 84 mil hectares de amendoim entre as duas safras anuais.
Milho
As primeiras expectativas de safra do milho apontam para uma freada no primeiro impulso do produtor. Os bons preços indicativos no início do plantio sofreram um revés devido as condições climáticas desfavoráveis, excesso de chuvas, e uma pequena alta no preço dos insumos e fertilizantes fazendo com que, neste levantamento, tivéssemos a indicação de uma queda na área plantada da ordem de 9,7%, de 765 mil para 691 mil hectares. A produção deve cair de 3,8 milhões para 3,4 milhões de toneladas.
O milho safrinha na safra passada já havia sofrido uma queda de área de 16,9%, ficando em 269,3 mil hectares e a produção com queda de 27% registrando 577 mil toneladas.
Soja
Embora os preços apontem para uma recuperação, o produtor continua reticente em relação a cultura provocando uma queda de área de quase 30%, caindo de 688 mil para 486 mil hectares. A produção deve cair em 18%, de 1,5 milhão para 1,2 milhão de toneladas.
Segundo os pesquisadores da Secretaria a ameaça da ferrugem asiática da soja e o possível crescimento nos custos de produção fazem com que o agricultor opte por outras culturas, ao invés de arriscar.
Outras informações sobre a safra de grãos e a estimativa para a produção de café, laranja assim como os números finais sobre a produção e área de cana-de-açúcar serão disponibilizadas nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, no site do IEA: www.iea.sp.gov.br
Assessoria de Comunicação da Secretaria da Agricultura
C.A.
