Desde 2016, o Projeto Gestão Democrática da Educação, conduzido pela Secretaria da Educação do Estado, tem o objetivo de ampliar a participação de estudantes dos ensinos Fundamental e Médio nas decisões da comunidade escolar. Uma das formas para ampliar o debate, o trabalho em grupo e as novas ideias é por meio dos Grêmios Estudantis.
Os espaços oferecem aos alunos a oportunidade de incentivar colegas a participar da vida escolar, através de projetos em diversas áreas. Na capital paulista, o Grêmio em atividade em 2017 na Escola Estadual Alfredo Paulino organizou clubes de leitura e rodas de conversa. “Eu aprendi muito com tudo isso. Aprendi a ser democrático e a trabalhar melhor em grupo”, destaca o vice-presidente da chapa no ano passado, Luiz Fernando Alves Barreto.
Em Atibaia, no interior paulista, a Escola Estadual Gabriel da Silva promove um investimento significativo no protagonismo juvenil. Além do Grêmio Estudantil, os alunos são organizados em outros colegiados pequenos. “Nós temos também o Conselho Representante de Turma, a Comissão de Acolhimento Estudantil e a Comissão Eleitoral, com representantes de todas as salas”, avalia a professora Elizabete Oliveira.
Compartilhamento
Na unidade de ensino Professor José Sanches Josende, de Mogi das Cruzes, os jovens que participam ou passaram pelo Grêmio se destacaram na luta diária para diminuir os números ligados à evasão escolar. No ano passado, com o projeto Mobilização Social Pela Educação e Cultura de Paz e busca ativa, mais de 70 alunos retornaram à escola.
“Nós verificamos que, com a quantidade de jovens que não ia às aulas, havia o risco de fechar salas. Então, resolvemos travar uma batalha e esses estudantes que retornaram são os que se destacaram dentro da sala de aula”, diz o estudante Gustavo Costa dos Santos Souza.
Na avaliação da diretora da escola de Mogi das Cruzes, Maria Antônia do Prado, a união dos alunos com a equipe gestora é essencial para o bom desempenho da unidade. “Um grêmio estudantil atuante é importante na gestão de qualquer escola, pois a administração da se torna compartilhada e democrática”, completa.
É importante frisar que atualmente são 4.713 escolas estaduais de São Paulo que mantêm agremiações estudantis eleitas democraticamente e autônomas. O índice representa 92% do total. A iniciativa integra o Projeto Gestão Democrática da Educação.
