Fussesp comemora o Dia Internacional do Idoso

Destaques são as inaugurações da Praça do Idoso e Sala de Leitura

sex, 10/10/2008 - 9h00 | Do Portal do Governo

Atualizada às 10h48

O Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo (Fussesp) recebe hoje 2 mil pessoas para as comemorações do Dia Internacional do Idoso no Parque Dr. Fernando Costa, na Água Branca. Na ocasião, o governador José Serra participa da inauguração da Praça do Idoso e da Sala de Leitura. A programação inclui apresentações artísticas de grupos da terceira idade, culto ecumênico na arena do parque, show com o cantor Agnaldo Rayol, aferição de pressão arterial, recadastramento de RG, várias oficinas de artes e sorteio de brindes (capas de chuva).

A Sala de Leitura será instalada no Espaço Convivência da 3ª Idade. A Praça, localizada em frente ao tanque das carpas, constitui atração por vários motivos: é a primeira no Brasil construída num Parque das dimensões do Fernando Costa (137 mil metros quadrados), com o objetivo de incentivar o idoso a praticar exercícios, de maneira simples e acessível.

Para isso, precisará seguir placas auto-explicativas fincadas no espaço, ao todo seis (Estação Ergometria, Escada e Rampa, Estação Barras Paralelas, Placa Giratória, Senta e Levanta e Escada para Dedos. Na Escada e Rampa, por exemplo, basta colocar-se de frente para a escada ou rampa, segurar com firmeza as barras de segurança e subir, degrau por degrau e descer da mesma forma, podendo o exercício ser repetido na rampa. Além de permitir melhora do equilíbrio, fortalecimento da musculatura e reabilitação motora, o espaço, cujo projeto foi doado pelo médico nefrologista Egidio Lima Dórea, com especialização em geriatria, será de fundamental importância para o convívio social.

Primeira de muitas – Os frequentadores do Parque da Água Branca são grupos variados de jovens, adultos, crianças de escola, idosos, em busca de ar puro, momentos de lazer e prática de exercícios. A sede do Fussesp é freqüentada por 350 idosos, cadastrados para participar das 34 oficinas que ali funcionam. São aulas de tricô, violão, teatro, reciclagem de papel, bordado, tapetes, bijuterias.

Nos pavilhões, que abrigam as oficinas, é grande a expectativa. “Estamos vendo a praça nascer”, diz ele, apontando para o espaço a poucos metros da oficina, diz o professor Sérgio Brozoski. Morador de Santa Cecília, vai a pé, todos os dias, da Santa Casa, perto de onde mora, ao Parque. Agora, com a Praça do Idoso, “vou bolar um esquema” para o grupo descer pelo menos duas vezes por semana, durante 30 minutos, e se movimentar mais. “É o que faltava aqui”. Para ele, as placas auto-explicativas dão independência ao idoso e dispensam o instrutor.

Maria José da Silva, aluna de Sérgio, não só vai estrear a praça, (“para desenferrujar”) como também expor sua obra de arte – um peixe vermelho, feito em papel jornal, com escamas de sementes de pinha. Orgulhosa, conta que sabe tudo a respeito do novo espaço, já que a presidente do Fundo, Mônica Serra, reuniu o grupo na Cinemateca, recentemente, para explicar o funcionamento do kit de ginástica. “Ela nos disse que essa é a primeira de muitas praças destinadas à terceira idade”.

Interação – Na sala da oficina Bordando História, as alunas gostam de falar de sua rotina no parque. Ao lado da professora Lílian Soares, a aluna Dirce Somoulis conta que faz alongamento com os universitários da Universidade de São Paulo, caminhadas e, pelo menos, quatro dias da semana, se dedica aos cursos de tapeçaria, pedraria, tricô e do Bordando História. “Tenho um grupo grande de amigos para trocar idéias, viajar e com quem espero interagir, também, na Praça do Idoso. Se a gente parar, enferruja”.

A cargo do Programa São Paulo: Um Estado de Leitores, da Secretaria da Cultura, coordenado por José Luiz Goldfarb, a sala, com acervo de 1,5 mil livros, é uma homenagem a Léia Beigler, professora e coordenadora pedagógica da rede municipal de ensino que, em vida, formou uma grande biblioteca. Parte do acervo, constituído de livros de filosofia, poesia, literatura, foi doação da família de Léia.

O Banco Daycoval mobiliou a sala e doou 500 títulos, entre literatura contemporânea, clássicos e livros de auto-ajuda. Uma revisteca complementa a Sala de Leitura Léia Berger. A Óptica Ventura também se associou ao programa, com a doação de 30 óculos de leitura, à disposição na sala, em estojo de tecido confeccionado pelas idosas.

Com a iniciativa, o São Paulo: Um Estado de Leitores atinge a marca de 410 salas instaladas, além de 189 bibliotecas públicas inauguradas e revitalizadas na capital e no interior.

Da Agência Imprensa Oficial