A Oficina de Artes da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), que faz parte do Projeto Humaniza SUS, recebeu forno específico para o desenvolvimento do Fusing Glass (trabalhos com vidro) e porcelana. O equipamento atinge a temperatura de 1.200 ºC e foi doado pela artista plástica Vanda Francischetti Yoshino, de Paraguaçu Paulista.
“Será uma inovação no nosso projeto porque agora usaremos retalhos de vidros. A nossa oficina, além de ser uma ocupação a mais e uma terapia aos nossos funcionários, colaborando para a melhoria da auto-estima deles, pode ser importante para a geração de renda extra”, explicou Dagoberto Corrêa, coordenador do curso de Fusing Glass, que deverá ser implantado em breve na Instituição.
O Fusing Glass é a técnica de fusão que consiste na pigmentação e moldagem de vidros de qualquer espessura. As novas formas garantem a transformação de sucata em obras de arte e decoração. Acredita-se que o fusing é utilizado desde 1.500 a.C.
Pratos, fruteiras, bijuterias, vasos e uma infinidade de objetos podem ser criados a partir do Fusing Glass. Pias também são produzidas com a técnica e dão um charme especial ao ambiente por serem obras de arte.
Dados da Associação Técnica Brasileiras das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) mostram investimentos anuais na ordem de R$ 700 mil com reciclagem de vidro. Isso gera faturamento anual de R$ 56 mil e a geração de 1.200 empregos diretos e mais de dez mil indiretos.
Segundo Dagoberto, docente da disciplina de Fisiologia e Biofísica da Famema, a participação da diretora da Divisão de Recursos Humanos da Instituição Lúcia de Fátima Furlan Borges tem sido muito importante para o sucesso da Oficina de Artes.
Cursos de decoupage artística, artesanatos de natal, tear, jardinagem, arranjos semi-artificiais, biscuit, bijuteria, pintura em seda e bordado em pedraria já foram desenvolvidos.
Para coordenar o curso de Fusing Glass, Dagoberto Corrêa participou de oficina de artes no Serviço Social da Indústria (Sesi). “É um trabalho que não é tão comum. Você vê em grandes galerias de São Paulo, por enquanto, mas é uma arte que vai crescer em virtude das criações serem únicas”, explicou.
Num segundo momento, a Oficina de Artes da Famema deverá desenvolver trabalhos em porcelana, considerado pelos próprios artistas como mais complexo e caro.
Da Faema
(I.P.)
