Em 24 de agosto, a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) completou 125 anos de história. Um encontro aberto aos engenheiros formados na unidade, além de amigos e familiares, foi realizado para celebrar a data. A solenidade foi realizada por um grupo de ex-alunos, com apoio da diretoria e da administração da escola.
A Poli abriu as portas para a visita de graduados de várias gerações no dia 25 de agosto. Os participantes visitaram laboratórios, conversaram com os alunos, professores e funcionários, em uma programação projetada para valorizar o material humano da instituição tradicional de engenharia.
“A Escola Politécnica é composta de gente. Não somos só máquinas e laboratórios. O evento foi projetado para ser uma confraternização em formato para propiciar que mais pessoas conhecessem o espaço”, ressalta o engenheiro Dario Gramorelli, um dos organizadores. Os convidados assistiram à apresentação da bateria da Associação Atlética Acadêmica Politécnica e do grupo de canto Acappolli, que usa as vozes dos integrantes para compor os arranjos musicais, no estilo conhecido como “acappella”.
Satisfação
Primeira mulher a dirigir a Poli, a professora Liedi Légi Bariani Bernucci abriu o evento e demonstrou satisfação ao desempenhar o papel. Em seguida, o reitor da USP, Vahan Agopyan, ressaltou a importância de integrar os engenheiros formados em diversos momentos do Brasil, sem deixar de destacar a qualidade da formação dos profissionais da unidade.
“É muito gostoso rever colegas contemporâneos depois de um longo tempo. É muito importante para nós, que estudamos na escola, saber o que está sendo feito hoje, como está se desenvolvendo e quais são suas perspectivas”, salienta. Vale destacar que o evento recebeu mais de 300 pessoas na Cidade Universitária.
Formada em 1990, a engenheira eletricista Irene Rzezak atua na coordenação do projeto de digitalização do acervo histórico da Poli, por meio da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE). Além de se surpreender com a bateria da Atlética da Poli, que não existia na época da sua graduação, ela diz ter gostado de reencontrar os professores, Edith Ranzini e João Antônio Zuffo. “Foi muito bom rever a Poli. Achei os prédios muito bonitos e com ótimo astral”, ressalta.
Visitantes
O técnico em informática Cleber Torquato, que trabalha na Poli desde 2008, ajudou a receber os visitantes na Caverna Digital, núcleo do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) voltado à realidade virtual. “Achei muito gratificante presenciar o reencontro de ex-alunos e ex-professores, muitos deles trazendo os filhos e netos, para poderem relembrar os velhos tempos”, revela.
Já o professor Marcelo Knorich Zuffo destacou que a Caverna Digital recebeu mais de 120 visitantes. “Foram politécnicos de diversas gerações. Para nós, foi muito gratificante interagir com engenheiros do passado, presente e futuro”, comemora o docente.
O técnico em audiovisual Laércio Ferreira trabalha na Poli há 16 anos e avaliou como interessante participar do momento de festa. “Faz tanto tempo que os ex-alunos saíram da Politécnica, mas o carinho pelo lugar onde se formaram é vivo e perceptível. O ambiente que construíram foi tão bom que lhes permitiu preservar e compartilhar com os demais um apego e um amor por este lugar. O que nos resta, portanto, é tentar fazer o mesmo”, ressalta.
Celebrações
Fundada em 1893, a Escola Politécnica conta com alguns funcionários que também trabalharam nas comemorações do centenário da unidade, em 1993. Atualmente assessora da diretoria, Enaége Dalan Sant’Ana chegou à Poli neste ano, para atuar especificamente no evento dos 100 anos. Nos últimos 25 anos, ela participou de diversas celebrações.
“Em todas as comemorações, fizemos coisas muito legais. Mas essa foi a primeira vez que vi a comunidade unida para celebrar. Foi uma experiência incrível ver pessoas de diferentes gerações encontrando e relembrando seus tempos de Poli”, relata Enaége Dalan Sant’Ana. “Acho que, nesses mais de 25 anos de Escola, esse foi o evento que mais me gratificou e meu deu um orgulho danado de fazer parte dessa história”, conclui a assessora.
