Etecris estimulam inovação e prática da economia criativa

Na próxima segunda-feira (21), unidade de São Vicente, na Baixada Santista, terá aula inaugural para 20 turmas

sex, 18/05/2018 - 10h13 | Do Portal do Governo

Desde 2017, o Governo do Estado de São Paulo administra espaços inovadores de conteúdo pedagógico, por meio das Escolas Técnicas de Economia Criativa (Etecris), que oferecem cursos de qualificação profissional. Com sete unidades no território paulista, os locais se destinam ao desenvolvimento produtivo de jovens e adultos.

A iniciativa é voltada para cidadãos entre 16 e 59 anos, preferencialmente os desempregados. Os conteúdos possuem carga horária média de 160 horas e duram entre três e quatro meses.

As cidades de Santos, São Bernardo do Campo, Campinas, Presidente Prudente e Lençóis Paulista já possuem instalações das Etecris, além de São Vicente, com duas unidades. São oferecidas as seguintes modalidades: Grafite, Prática em Mídias Sociais, Recreacionista, Food Styling, Técnicas de Design de Moda, Vitrinista e Técnicas de Web Design.

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Janio Benith, a educação e a profissionalização dos cidadãos são requisitos fundamentais para a evolução de qualquer sociedade. “Nesse sentido, as Etecris têm papel de destaque, já que, com sua proposta inovadora e totalmente aliada às novas demandas mercadológicas, conseguem atrair e qualificar cada vez mais jovens e adultos”, avalia.

Novas turmas

Na próxima segunda-feira (21), a pasta promoverá uma aula inaugural de retomada de 20 turmas em uma das unidades de São Vicente. Os 400 novos alunos conhecerão os professores e terão informações sobre a metodologia de ensino ativo-participativa, promovida por meio de dinâmicas de grupo, exposição dialogada e complementada com material didático e vídeo institucional.

“Trata-se de espaços inovadores. A ideia das escolas técnicas de economia criativa vem da Europa, tendo Londres à frente. Buscamos trabalhar com jovens em situação de vulnerabilidade e tirá-los das ruas”, explica o coordenador da Coordenadoria de Ensino Técnico, Tecnológico e profissionalizante da pasta, Edmilson Valle.

Segundo o coordenador, o Estado de São Paulo concentra 33% dos postos de trabalho de economia criativa do Brasil, o que movimenta uma grande massa salarial. “Estamos no caminho certo. Qualificamos os alunos para profissões de fácil aceitação pelos empregadores, com a participação dos professores do Centro Paula Souza”, acrescenta.

A elaboração do material didático e da metodologia conta com a participação de docentes do Centro Paula Souza (CPS), de modo a despertar principalmente nos jovens o potencial criativo. “Estamos otimistas com as aulas para as turmas. Estimularemos que os estudantes aprendam fazendo e testando na própria comunidade”, enfatiza a coordenadora técnica do CPS, Clara Magalhães.

A estudante Erika Gomes Ribeiro, de 17 anos, será uma das novas alunas da unidade Tripulantes do Futuro, no município de São Vicente, onde reside. No 1º ano do Ensino Médio, a jovem mas buscou ampliar a própria qualificação ao se inscrever para o curso de Vitrinista. Ela soube da oportunidade pela internet. “Acho que as aulas serão legais, pois oferecerão chances para minha capacitação e me ajudarão na conquista de um emprego”, afirma.

Erika Gomes Ribeiro soube das inscrições das Etecris pela internet e já tinha recebido indicações de cinco colegas que já participaram de aulas do projeto. “Tenho uma amiga que também participará da minha turma. No futuro, planejo trabalhar em lojas ou em shopping”, afirma a estudante.

Expansão

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação tem a expectativa de ampliar para 20 o número de unidades em funcionamento até o fim deste ano, com ao menos uma instalação por região administrativa. Com a expansão, a proposta da pasta é permitir o avanço da tecnologia e que os alunos estejam conectados às últimas tendências de mercado.

“Com as Etecris, os jovens podem transportar o conhecimento para a realidade. Identificamos o desejo da turma, ao lado de uma técnica que precisa ser desenvolvida, com o auxílio de profissionais das áreas. Temos a missão de acolher, qualificar e incluir”, destaca a professora Clara Magalhães.

De acordo com o diagnóstico da Economia Criativa apresentado pela pasta em 2015, o território paulista é o maior centro de atividades do segmento no país, responsável por 25% dos estabelecimentos voltados ao setor.

Para conhecer mais sobre a iniciativa e realizar as inscrições gratuitas para as turmas, que precisam ser formadas antes do início das atividades, os interessados podem acessar o site das Etecris.