Estudo da Unesp permite reconhecer famílias de asteroides com maior precisão

Método sugerido combina posição orbital, cor e luz emitida

qui, 15/08/2013 - 10h42 | Do Portal do Governo

Com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), um grupo internacional de astrônomos, liderado por pesquisadores do Grupo de Dinâmica Orbital e Planetologia da Faculdade de Engenharia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Guaratinguetá, desenvolveu um novo método para identificar famílias de asteroides.

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O novo método permite identificar membros de famílias de asteroides com melhor precisão do que os existentes hoje. Os métodos atuais levam em conta apenas a posição orbital dos objetos rochosos. Em função disso, muitos objetos identificados atualmente como membros das famílias de asteroides existentes são “intrusos”, ou seja, apenas passaram a ocupar a mesma região orbital.

A pesquisa apresentada encontrou maneiras de combinar a posição orbital, as cores e a quantidade de luz que refletem (o chamado albedo geométrico) para uma identificação mais precisa. Com o novo método é possível diminuir bastante a probabilidade de classificar objetos intrusos como membros de determinadas famílias. A descoberta também permitirá calcular com maior rigor a idade das famílias de asteroides.

Segundo o professor da Unesp de Guaratinguetá e primeiro autor do estudo, Valério Carruba, se não há uma boa estimativa da dispersão da família de asteroides, dos objetos que realmente fazem parte dela e do tipo espectral do seus membros, o cálculo da idade pode ser errado. “Isso tem implicações muito importantes na nossa compreensão dos processos evolutivos que moldaram o cinturão principal de asteroides”, disse.

A formação da família se dá por partes de asteroides de grandes dimensões que, ao colidirem, se despedaçam em fragmentos de tamanhos diferentes. Esses fragmentos tendem a viajar em trajetórias semelhantes em torno do Sol e se afastam gradualmente uns dos outros ao longo do tempo. O novo método foi testado e aplicado no cinturão principal de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, conhecidas até o começo de 2013.

Do Portal do Governo do Estado