Especialistas do HC orientam foliões sobre cuidados com a saúde durante o Carnaval

Confira as dicas médicas e curta os dias de folia

sex, 12/02/2010 - 14h00 | Do Portal do Governo

A chegada do carnaval é sinônimo de alegria e diversão, mas de acordo com especialistas do Hospital das Clínicas da FMUSP, órgão ligado à Secretaria de da Saúde, para que a festa não termine em mal estar, é fundamental estar atento à condição física e não se expor em excesso.

O barulho de uma bateria de escola de samba e o volume dos trios-elétricos fazem a alegria de qualquer folião. Entretanto, o excesso de exposição ao som alto pode causar lesão auditiva, estresse e, até mesmo, aumento da pressão arterial. De acordo com o diretor de divisão de otorrinolaringologa do HC, Ricardo Bento, as perdas podem ser irreparáveis. “Todo som acima de 90 decibéis pode causar lesão na célula do ouvido, que pode ser transitória ou permanente. No caso das caixas de som de trios elétricos, essa contagem é ultrapassada facilmente”, informa.

A sensação de um tipo de zumbido no ouvido pode representar uma lesão transitória. Mas, se a exposição ao som alto se prolongar por muitas horas, pode provocar uma lesão permanente. “Quem vai pular carnaval deve ficar distante das caixas de som. Utilizar uma proteção para o ouvido, mesmo que seja um algodão, ameniza os ruídos”, observa.

Hipertensos, diabéticos, obesos e pessoas sedentárias também devem ficar atentos ao excesso de esforço físico, pois o desgaste pode desencadear uma sobrecarga cardiovascular. O cardiologista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC, Alfredo Fonseca, garante que é possível se divertir de maneira saudável e ensina quais são os cuidados fundamentais. “Tudo que é feito de maneira moderada é bom para diminuir o estresse. Agitação sem exageros traz bem estar físico. É necessário que o folião não se esqueça de se hidratar, não apenas com água, mas também com isotônicos e outros sais minerais”, diz, acrescentando que o ideal seria um dia para descanso entre uma festa e outra.

Os cuidados com doenças infecciosas também não podem ser deixados de lado. Devido ao alto número de jovens solteiros que participam desta festa, a troca de parceiros e “ficar com alguém” é muito comum. O folião torna-se, então, alvo de doenças contagiosas e até de vírus como, por exemplo, o da hepatite B. É importante que quem vai curtir a festa esteja em dia com a carteira de vacinação. A camisinha também não pode ficar em segundo plano.

Do Hospital das Clínicas