Escola estadual em São Paulo vivencia nova rotina com o Ensino Integral

Situada na zona leste da capital, Escola Estadual Miguel Kruse Dom compõe as 247 unidades que aderiram ao Ensino Integral em 2020

ter, 04/02/2020 - 10h32 | Do Portal do Governo

Os estudantes que retornaram às aulas nesta segunda-feira (3) na Escola Estadual Miguel Kruse Dom, na zona leste da capital, vivenciaram todas as emoções do primeiro dia de atividades. A unidade é parte das 247 escolas que, a partir deste ano letivo, aderiram ao programa de Ensino Integral promovido pela Secretaria da Educação.

Com elas, serão ao menos 664 unidades seguindo o modelo no Estado, uma expansão inédita no Estado. “O tempo a mais que o aluno permanece na escola, com tutoria individualizada de professores, fortalece os vínculos de aprendizagem. Faz toda a diferença o regime de dedicação exclusiva de 40 horas semanais em uma unidade para o professor, melhorando a qualidade das condições de trabalho docente”, explica o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.

Para adotar o Ensino Integral, a Escola Estadual Miguel Kruse Dom passou por uma espécie de processo seletivo, precisando mostrar critérios estabelecidos pela pasta para melhor adequar a modalidade, como ter mais de doze salas de aulas e avaliação do grau de vulnerabilidade socioeconômica das comunidades atendidas pelas escolas.

Rede de apoio

No Ensino Integral, além da grade de matérias prevista pelo Inova Educação, os estudantes contam com uma rede de apoio para promover atividades educacionais que não estejam relacionadas apenas com a sala de aula.  Há clubes juvenis para que os alunos se organizem de acordo com temas de interesse, como dança, xadrez e debates, por exemplo.

Uma dessas atividades é o acolhimento, o recebimento de novos estudantes. Antes de as aulas começarem na unidade, todos se reuniram no pátio para dar as boas-vindas e deixar claro que aquele era um momento de amizade, aprendizagem e respeito.

“O acolhimento não tem hora nem local específico para acontecer. Trata-se de uma postura que envolve a vontade de ser acolhido e a de acolher”, pontua Cristina Mabelini, coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Efape), ligada à pasta.

Uma mudança para os estudantes é na carga horária – até nove horas e meia, contra cinco horas e quinze minutos na rede escolar. Na nova expansão, 36 das 240 escolas contempladas funcionarão em um formato com carga horária diferenciada de sete horas, atendendo alunos que já trabalham.