Encontro na Cidade Universitária reúne expoentes da fotônica mundial

Atividades no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, na USP, aborda a ciência avançada em laser e aplicações

qui, 26/07/2018 - 9h22 | Do Portal do Governo

Seguem até a próxima sexta-feira (27) as atividades da Escola São Paulo de Ciência Avançada em Fronteiras de Lasers e suas Aplicações, (SPSAS, sigla em inglês), Trata-se de uma idealização da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), organizada pelo Centro de Lasers e Aplicações (CLA), do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), localizado na Cidade Universitária, da Universidade de São Paulo (USP).

Com início em 16 de julho, a iniciativa tem o objetivo de compreender os mecanismos da geração, emissão, transmissão, modulação, processamento, amplificação e detecção da luz e suas aplicações nas ciências da vida, microusinagem, monitoramento ambiental e tecnologia aeroespacial, entre outras.

A parceria é realizada com a XVI Escola André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não Linear, instituição tradicional vinculada à Sociedade Brasileira de Física (SBF). Durante duas semanas, cerca de 100 estudantes de graduação e pós-graduação do Brasil e de vários países terão a oportunidade de trocar conhecimento e experiências com nomes de destaque da fotônica.

“Planejamos esse evento com o objetivo de difundir e aprofundar o conhecimento na área de fotônica, com vistas a criar uma massa crítica de cientistas nesse campo da ciência, no Brasil”, explica o coordenador geral da SPSAS, o físico Niklaus Ursus Wetter.

Avanços

A recente fundação da Sociedade Brasileira de Fotônica (SBFóton) e os macrocentros de pesquisa, como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LBLS)e o Projeto Sirius, bem como o apoio continuo da Fapesp, são alguns dos avanços apontados pelo cientista.

Contudo, o físico considera que a formação dos estudantes brasileiros, nessa área, ainda está abaixo das expectativas. “Nessa perspectiva, a realização da SPSAS no Brasil é mais um passo importante para a formação de cientistas, criação de empresas e inovação nesta área tão estratégica, que movimentou, em 2017, um mercado de US$ 530 bilhões”, acrescenta.

O programa foi organizado de modo a abranger aspectos fundamentais da área de fotônica. Ao todo, participam 24 palestrantes de oito países, incluindo o Brasil. A ideia é oferecer aos participantes a possibilidade de contato com as diversas abordagens e os pesquisadores líderes em cada uma.

Essa é a terceira vez que as atividades da escola são organizadas na área de fotônica, mas a primeira no IPEN. “O instituto tem destacadas atividades de pesquisa em lasers há muitos anos e é muito bom que usem essa capacidade para organizar a escola”, ressalta Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.

Seleção

A expectativa da Fapesp, segundo o gestor, é que a escola atraia jovens pesquisadores com excelente formação de vários países, além dos participantes brasileiros. Vale destacar que o processo seletivo dos estudantes que participam do evento foi altamente competitivo.

Centro e trinta alunos de graduação e pós-graduação foram selecionados, sendo metade do Brasil e os demais de 35 países. Um Comitê Científico analisou cada aplicação e escolheu os candidatos com maior afinidade e potencial em relação aos propósitos da escola. Além disso, os candidatos preencheram um formulário e apresentaram carta de recomendação, currículo científico e resumo de sua pesquisa.