A partir do primeiro semestre de 2007, a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), campus de Botucatu, passa a oferecer o curso de pós-graduação em Ciência Florestal, ligado ao Departamento de Recursos Naturais. A aprovação pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão do Ministério da Educação que avalia a Pós-Graduação do País, ocorreu no último dia 6.
Os cursos de mestrado e de doutorado começam com a avaliação nível 4. Para o docente Iraê Amaral Guerrini, idealizador do programa juntamente com seu colega Edson Seizo Mori, a classificação obtida se deve à estrutura da FCA e ao nível dos docentes. Os professores envolvidos com o curso recém-aprovado integram grupos de pesquisa como o Centro Virtual de Pesquisas em Madeiras, o Genoma Funcional do Eucalipto e trabalhos com produção florestal sustentável.
Além disso, há diversos convênios da FCA com instituições de pesquisa nos Estados Unidos e na Europa e com empresas da área florestal. “São dados importantes que pesaram na decisão da Capes”, afirma Guerrini. “Além disso, temos boas áreas nativas disponíveis para a pesquisa, em termos de ecologia e plantios florestais.”
Histórico
As primeiras negociações para a criação da pós-graduação em Ciência Florestal ocorreram no começo deste ano de 2006. Após passar pela avaliação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, o projeto foi enviado para análise da Capes.
A partir de agora, explica Guerrini, começa o trabalho de estruturação do curso, sob responsabilidade do professor Edson Seizo Mori. O primeiro processo seletivo deve ocorrer no segundo semestre de 2006, para que as disciplinas sejam oferecidas às primeiras turmas já em março de 2007.
A previsão inicial, de acordo com os organizadores, é de abertura de dez vagas para doutorado e vinte para mestrado.
O curso de graduação em Engenharia Florestal da FCA foi criado em 1988 e, até o momento, é único na Universidade, assim como o novo curso é o primeiro programa de pós-graduação ligado à área de Engenharia Florestal.
Para Guerrini, a região de Botucatu é um pólo florestal, o que propicia o desenvolvimento do curso. “Temos muita facilidade de fazer contatos com essas empresas, através de visitas e convênios, para ajudar na preparação dos nossos alunos”.
A expectativa dos organizadores é a de que o curso de pós-graduação traga benefícios para a graduação. “Os graduandos vão poder acompanhar e participar das pesquisas dos alunos de pós-graduação, o que só colabora para melhorar sua formação”, diz o idealizador do curso.
Além disso, deveremos integrar ao novo curso alguns docentes que não estão ligados a programas de pós-graduação. Isso acaba sendo uma oportunidade de aperfeiçoamento para os próprios professores.”
Sérgio Santa Rosa
Assessoria de Imprensa da FCA
