O número de doadores de órgãos no Estado de São Paulo cresceu 63,7% no primeiro semestre deste ano. Segundo balanço da Secretaria da Saúde aponta que foram registradas pela Central de Transplantes 352 doações nos seis primeiros meses deste ano, contra 215 no mesmo período de 2008.
O número de transplantes cresceu 54,3% no primeiro semestre, também em comparação com os seis meses iniciais do ano passado. Neste ano, de janeiro a junho, houve no Estado 55 cirurgias de coração, 60 de pâncreas, 560 de rim, 295 de fígado e 13 de pulmão. Já no primeiro semestre de 2008, foram contabilizados 36 transplantes de coração, 47 de pâncreas, 344 de rim, 189 de fígado e 13 de pulmão.
O resultado é fruto do aprimoramento do trabalho de captação de doadores nos hospitais e da implantação de um novo projeto que criou coordenadores intra-hospitalares de doação e transplante em 31 hospitais da rede estadual paulista. Esses profissionais têm como função identificar pacientes que possam ser potenciais doadores e acompanhar o processo de realização de exames para viabilizar a doação.
Batizado de “Doar São Paulo” o projeto garante remuneração extra, de aproximadamente R$ 4 mil por mês, aos médicos que foram indicados pela direção dos hospitais e treinados pela Secretaria. Os coordenadores, que já eram funcionários das unidades, são em geral médicos intensivistas ou neurologistas, escolhidos por terem bom relacionamento com os demais profissionais e conhecimento das rotinas dos hospitais.
Os coordenadores intra-hospitalares realizam visitas diárias a setores como UTIs, terapias semi-intensivas, recuperação pós-anestésica e pronto-socorro para verificar a existência de pacientes com suspeita de morte encefálica, condição essencial para a doação, conversar com os chefes de equipe e auxiliar na abertura de protocolos para a comprovação do óbito.
A cada notificação de potencial doador uma mensagem é enviada automaticamente ao telefone celular do médico da Central de Transplantes, que acompanha tudo o que está acontecendo.
“Esse projeto representa um avanço na busca incessante pela ampliação do número de pacientes beneficiados por um transplante no Estado. Os coordenadores intra-hospitalares certamente irão auxiliar a Secretaria na viabilização de um número cada vez maior de doadores”, afirma o coordenador da Central de Transplantes, Luiz Augusto Pereira.
da Secretaria da Saúde
