CPTM: Irregularidade com bilhetes diminui em 2005

Do total de encaminhados em 2005, 46 casos aconteceram por falsificação de papéis públicos

sex, 30/12/2005 - 12h32 | Do Portal do Governo

De janeiro a novembro deste ano, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) registrou 351 casos relacionados a bilhetes irregulares, envolvendo 454 pessoas e a retenção de 63.210 bilhetes. Desse total, 104 pessoas foram levadas, por agentes da empresa, a distritos policiais da capital e Grande São Paulo, onde autoridades lavraram boletins de ocorrência.

            Os números contabilizados nesse período são menores que os registrados pela companhia em 2004, quando aconteceram 354 ocorrências deste gênero. Em contrapartida, neste ano, o total de envolvidos – 373 – e a quantidade de apreensões – 5.075 bilhetes clonados ou falsificados – aumentaram.  

            Do total de encaminhados em 2005, 46 casos aconteceram por falsificação de papéis públicos, 22 por estelionato, 8 por atos infracionais e 6 por apreensão de objetos. Além disso, cinco casos estavam relacionados à averiguação: um a furto tentado, um por furto qualificado e quatro episódios por falsificação de papéis públicos/ quadrilha ou bando.

            A maior concentração atos ilícitos foi registrada nas Linhas B (Júlio Prestes-Itapevi) e C (Osasco-Jurubatuba), com 225 casos e 58 pessoas encaminhadas aos DP’s. Nas Linhas A (Luz-Francisco Morato) e D (Luz-Rio Grande da Serra), houve o registro de 114 ocorrências, com 42 pessoas detidas. Já nas Linhas E (Luz-Estudantes) e F (Brás-Calmon Viana) quatro pessoas foram conduzidas às delegacias, resultado de 89 infrações.

O sistema de monitoramento on-line, por meio das 765 câmeras instaladas nas 83 estações comerciais foi o principal aliado dos agentes de segurança da empresa na identificação e detenção dos fraudadores.          

Bilhetes irregulares

A CPTM alerta sobre os riscos aos quais os usuários se submetem ao comprar bilhetes fora das estações. Além de alimentar o comércio ilegal, não têm garantia alguma em relação à proveniência dos mesmos. Quando apreendidos nos pontos de bloqueio eletrônico, as catracas, esses bilhetes são analisados. Constatando-se qualquer irregularidade, o portador do material pode ser encaminhado às autoridades policiais para prestar esclarecimentos.

Dessa forma, quem compra bilhetes clandestinos está sujeito até a ser indiciado por receptação de mercadoria roubada, enquanto que os vendedores são enquadrados criminalmente.

 Os profissionais da área de segurança da companhia também realizam operações especiais com o intuito de coibir esse tipo de infração, muitas vezes comandada por quadrilhas que atuam, principalmente, nos arredores do sistema. Durante as blitze, os agentes, apoiados no Decreto Federal 1.832, apreendem os bilhetes vendidos irregularmente por vendedores ambulantes em frente às estações.

Essa estratégia de “apertar o cerco” conta ainda com um outro recurso. As imagens capturadas nas 83 estações comerciais da rede, 24 horas por dia, em tempo real, servem de referência para que o pessoal da segurança da CPTM, em conjunto com Polícia Militar e Polícia Civil possam identificar em que unidades a prática de falsificação de bilhetes é mais comum. E assim, tem sido possível prender os responsáveis por esse tipo de crime.