Coro da Osesp encerra outubro com réquiem de Maurice Duruflé

Obras de Thomas Jennefelt, Einojuhani Rautavaara, John Tavener e Krzystof Penderecki completam o programa

qui, 23/10/2008 - 16h12 | Do Portal do Governo

O Coro da Osesp encerra a programação do mês de outubro com réquiem de Maurice Durufé. Obras dos compositores Thomas Jennefelt, Einojuhani Rautavaara, John Tavener e Krzystof Penderecki completam o programa, que contará com solos de Viviana Casagrandi, Natália Áurea, Fabiana Portas, Edineia d´Oliveira e Francisco Meira. Serão três apresentações na Sala São Paulo – de quinta (23) a sábado, sob regência de Naomi Munakata.

Parte do repertório do século XX foi influenciado pelos movimentos modernistas, que pouco espaço davam à espiritualidade. Isto não quer dizer, entretanto, que tenha sido uma época desprovida de música religiosa. É relativamente fácil encontrar obras sacras que foram compostas em meio ao frenesi vanguardista, considerado por alguns o responsável por isolar compositores que, ao invés da revolução, preferiram manter-se ligados à tradição clássica.

Caso do compositor francês Maurice Duruflé. Sua condição de compositor-organista pode ser uma explicação para a vasta produção religiosa. De sua obra, destaca-se a Missa de Réquiem, Op.9, composta em 1947 e dedicada à memória de seu pai. A obra foi escrita em três versões: com base na parte vocal –na qual um coro misto se mescla a passagens solistas–, Duruflé preparou uma versão para órgão solo, uma para órgão com orquestra de cordas e outra para órgão e grande orquestra sinfônica. Seu talento como organista fez com que a parte desse instrumento fosse de uma escrita rica e sofisticada, indispensável à obra.

Outras importantes composições do repertório coral complementam as apresentações desta semana. Ícone da música de vanguarda do pós-Guerra, o polonês Krzysztof Penderecki tem reencontrado na música coral seu ponto de apoio para uma nova escrita. A peça De Profundis, cujo texto, oriundo do Salmo 130, é freqüentemente relacionado à morte, possui, na realidade, significados ligados à redenção da humanidade.

O compositor inglês John Tavener tem como pontos-chave de sua produção as peças corais The Lamb e The Hymn of the Mother of God. Importante mencionar o notável papel que os compositores nórdicos têm desempenhado no desenvolvimento de uma nova escrita coral. Obras como a do sueco Thomas Jennefelt (Claviante brilioso) e do finlandês Einojuhani Rautavaara (Die erste Elegie) são apenas uma pequena amostra desse repertório.

REPERTÓRIO

Thomas JENNEFELT
Huddinge (Suécia), 24 de fevereiro de 1954
Claviante brilioso
Solo: soprano (Viviana Casagrandi)
Duração aproximada: 6 minutos
Ano da composição: 1997
Einojuhani RAUTAVAARA
Helsinque (Finlândia), 9 de outubro de 1928
Die erste Elegie
Solos: soprano (Natália Áurea) e mezzo soprano (Fabiana Portas)
Duração aproximada: 10 minutos
Ano da composição: 1993
John TAVENER
Londres (ING), 1944
The Lamb
Duração aproximada: 3 minutos
Ano da composição: 1985
Hymn to the Mother of God
Duração aproximada: 7 minutos
Ano da composição: 1985
Krzysztof PENDERECKI
Debica (Polônia), 23 de novembro de 1933
Os Sete Portões de Jerusalém: De Profundis
Duração aproximada: 5 minutos
Ano da composição: 1996
Maurice DURUFLÉ
Louviers (França), 11 de janeiro de 1902 / Paris (França), 16 de junho de 1986
Réquiem, Op.9
Solos: barítono (Francisco Meira), mezzo soprano (Edneia d´Oliveira), órgão, violoncelo

Serviço

Coro da Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo – Osesp
Naomi Munakata, regente
Quinta, 23/10 (21h); Sexta, 24/10 (21h) e Sábado, 25/10 (16h30).
Preços: de R$ 18 a R$ 40  
Aposentados, pessoas acima de 60 anos, estudantes e professores da rede pública estadual pagam 1/2, mediante comprovação
Estacionamento: 610 vagas (592 comuns e 18 para Portadores de Necessidades Especiais) – R$ 8.
Sala São Paulo
Praça Júlio Prestes 16 (11) 3223-3966.

Da Fundação Osesp