Cetesb faz monitoramento de qualidade ambiental com excelência

Em quase 50 anos de atuação, iniciativas da agência ambiental paulista ganham destaque durante a Semana do Meio Ambiente

sex, 08/06/2018 - 21h26 | Do Portal do Governo

Na Semana do Meio Ambiente, o trabalho da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo ganha destaque. A CETESB se tornou agência pioneira no país e, nos últimos anos, tem sido referência mundial por seu desempenho no território paulista.

Há quase 50 anos, a entidade vem desempenhando políticas públicas que garantem ao Estado segurança na área ambiental. Mais do que isso, as atividades proporcionam cada vez mais melhoria da qualidade de vida e de saúde de todos cidadãos paulistas.

Atualmente, cerca de dois mil funcionários atuam nos 18 laboratórios e nas 46 unidades espalhadas pelo Estado. De acordo com o presidente do órgão, Carlos Roberto dos Santos, a CETESB se firmou como o principal órgão do país em expertise na área ambiental.

“Todo este trabalho é possível graças a uma equipe de técnicos altamente qualificados e com larga experiência adquirida ao longo da existência da companhia”, ressalta.

Monitoramento de ar

Desde a década de 1970, o Estado esteve empenhado em realizar o monitoramento da qualidade do ar em todo território paulista e, a partir de 1981, foram instalados mecanismos automáticos de análise de poluentes. Atualmente, são 90 aparelhos que medem as condições do ar em diversos pontos do Estado.

Desse total, 62 são automáticos e não necessitam do deslocamento de agentes da Companhia para realizar as medições. Por meio dessa tecnologia, é feito uma análise de cada poluente encontrado naquele determinado ambiente. Em seguida, é atribuída uma classificação que varia de boa, moderada, ruim, muito ruim e péssima. Esses dados, previamente processados na estação, são mandados para uma central e, por fim, disponibilizados no site da CETESB em tempo real.

A rede é configurada para pegar diversas características de monitoramento com base nos padrões legais estabelecidos por São Paulo e pelo Brasil. Esses aparelhos estão estrategicamente localizados para captar o ar que as pessoas respiram, como próximos de vias, estações, parques e bairros. A ideia, dessa forma, é gerar diversos graus de representatividade.

“A qualidade do ar tem melhorado ao longo do tempo. Os níveis são melhores do que em outras décadas graças às políticas públicas. Além de informar as condições à população, ele aprimora o diagnóstico ambiental e fornece subsídios para programas de controle”, explica a gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da CETESB, Maria Helena Martins.

Monitoramento de água

Já o monitoramento de água no Estado é feito de quatro formas: doce superficial (como rios e reservatórios), subterrânea, salina e salobra e balneabilidade de praias. Cada um deles representa um trabalho minucioso da qualidade baseada em propriedades físicas, químicas e biológicas.

Com relação à água doce de superfície, existe uma variabilidade maior devido ao clima e poluentes. Sendo assim, a CETESB faz análise bimestral dessas substâncias baseada em 40 diferentes parâmetros. Em todo Estado, 462 pontos de medição em rios e represas contabilizam mais de 100 mil medições/ano.

As águas subterrâneas contam com mais de 300 poços de monitoramento pelo território paulistas e, assim como as salinas e salobras, são registradas semestralmente quanto à qualidade.

Em relação às praias paulistas, o diagnóstico tem caráter de saúde pública. Com total de 174 pontos em 157 praias – devido à extensão, há praias que possuem mais de um medidor –, é feito uma análise microbiológica que indica se água possui agentes patogênicos, ou seja, aqueles que causam doenças aos seres humanos.

Diferentemente dos demais, é enviado um relatório semanal à população por meio do site e de um aplicativo para smartphone da CETESB.

O gerente da Divisão de Qualidade de Águas de Solo do órgão, Nelson Menegon Júnior, comenta que, por mais que a qualidade da água seja sensível a fatores meteorológicos, o Estado vem registrando melhoras em relação aos índices de poluição em rios.

“Em 2012, o Estado tinha 59% de seu esgoto tratado. Em 2017, houve um crescimento de 5%, atingindo 64% de tratamento”, afirma. Hoje, segundo ele, 85% dos pontos de monitoramento nos rios paulistas registram qualidade boa e moderada da água.

Outras ações

Além desses monitoramentos de qualidade, a Companhia participa ativamente dos atendimentos a acidentes ambientais. De 1978 a 2016 foram mais de 10 mil ocorrências registradas, sendo adotadas, caso a caso, as medidas necessárias para a preservação do meio ambiente.

Vale destacar ainda o trabalho de simplificação do licenciamento ambiental no Estado. Com a concessão de licenças por meio eletrônico, o órgão tornou célere o atendimento e desonerou mais de 40% dos empreendedores. Hoje, a CETESB possui 144 mil empreendimentos cadastrados e com uma média de 25 mil licenças/ano concedidas.