Casa da Agricultura de Araraquara incentiva cadeia produtiva de plantas medicinais

Curso na cidade do interior de SP integra estratégias do trabalho para ampliar cultivo, uso e comercialização dos produtos

qua, 20/11/2019 - 17h08 | Do Portal do Governo
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Produtores, extensionistas, estudantes e profissionais da saúde participaram do curso “Introdução ao cultivo de plantas medicinais”, oferecido pela Casa da Agricultura de Araraquara, no interior de São Paulo.

“O objetivo foi capacitar produtores e agentes sobre o cultivo de plantas medicinais, visando à oferta de produtos em quantidade e com qualidade, atendendo à demanda no âmbito do município de Araraquara, gerada pelo decreto n.º 12.018, no qual está previsto o fortalecimento da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos com o apoio intersetorial, para instituir o Programa ‘Farmácia Viva’”, salienta a engenheira agrônoma Érica Tomé, da Casa da Agricultura de Araraquara.

De acordo com a engenheira agrônoma, a iniciativa faz parte de um projeto-piloto que começou a ser implantado no início de outubro, na Unidade de Saúde da Família (USF) “Dr. Antônio Carlos Pizzolitto”, no Jardim Adalberto Roxo, pela Coordenadoria de Agricultura Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, universidades e Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

Abrangência

Ministrado pela engenheira agrônoma Maria Cláudia Blanco, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que atua na Divisão de Extensão Rural da CDRS, o curso teve resultado muito positivo, de acordo com os organizadores.

“Devido à abrangência do público, a troca de experiências foi muito rica. Pudemos desmembrar o tema principal, com enfoques voltados à saúde, como alternativa de renda para os produtores e, ainda, falar sobre cultivo orgânico e a implantação de farmácias vivas em Centros de Saúde”, avaliou Maria Cláudia.

“O curso foi um espaço de intercâmbio entre produtores e uma empresa de produtos naturais, promovendo assim novos canais de comercialização para os produtores locais, uma grande parte membros de assentamentos. Também foi uma oportunidade de divulgar as plantas medicinais como alternativa de renda e terapia complementar de saúde, incentivando a organização da cadeia produtiva”, acrescentou.

Plantas medicinais

A engenheira agrônoma Érica Tomé avalia que o fortalecimento da cadeia produtiva também é o foco do projeto, que prevê a ampliação do cultivo das espécies selecionadas em áreas de agricultura familiar onde estão sendo instalados os Sistemas Agroflorestais.

“Com isso, será possível aumentar a diversificação de espécies cultivadas e ter mais uma opção para a venda nas feiras da agricultura familiar, realizadas diariamente no município. Entre as espécies selecionadas e sugeridas estão as condimentares e aquelas destinadas ao consumo em infusões, na forma fresca ou desidratadas”, completa.

Segundo a coordenadora de Agricultura do município, Silvani Silva, o curso foi uma oportunidade para moradores do campo e da cidade trocarem conhecimento. “Entre outras abordagens, eles aprenderam o uso correto da adubação, da água e do manejo para plantas medicinais, quando são destinadas para a elaboração de fitomedicamentos”, destacou.