Argentina busca subsídios técnicos para despoluição de rios em Buenos Aires

As informações coletadas em SP poderão servir de subsídios técnicos a programas de recuperação ambiental no país

qua, 30/05/2007 - 14h31 | Do Portal do Governo

A Secretária Estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena, recebeu na terça-feira, 29, uma delegação do governo argentino que veio conhecer as soluções adotadas pelo Governo do Estado para os problemas de coleta e tratamento de esgotos na região metropolitana de São Paulo.

Liderada pelo Vice-Ministro do Meio Ambiente, Juan Picolotti, a delegação ouviu explicações dos dirigentes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

Foram apresentados o programa Mananciais, financiado pelo Banco Mundial, o projeto de despoluição do Tietê (coleta e tratamento de esgotos sanitários), o programa de combate às enchentes – que inclui o aprofundamento da calha do rio – e a implantação de piscinões nas regiões do ABC e nas bacias do Pirajuçara e Ribeirão Vermelho.

Juan Picolotti explicou o interesse do governo argentino nos projetos desenvolvidos pelo governo estadual, destacando que “os problemas da Argentina e Brasil quanto à poluição dos recursos hídricos são muito parecidos: ocupação irregular das áreas vizinhas, contaminação, falta de infra-estrutura e falta de programas de tratamento dos resíduos sólidos”.

As informações coletadas em São Paulo poderão servir de subsídios técnicos para programas de recuperação ambiental da bacia dos rios Matanza/Riachuelo, na região metropolitana de Buenos Aires.

A região da capital argentina apresenta semelhanças com a Região Metropolitana de São Paulo quanto às necessidades de obras de saneamento, coleta e tratamento de esgotos, captação de águas pluviais, coleta e deposição do lixo doméstico e industrial, urbanização de favelas e uso e ocupação do solo.

Para a Secretária Dilma Pena, “essa reunião abre a  perspectiva de um acordo de cooperação técnica entre os Governos do Estado e da Argentina, na área de recuperação de mananciais. Nossos rios não obedecem às fronteiras; o rio Tietê integra a grande bacia do rio da Prata, que banha Buenos Aires. Essa cooperação poderá fortalecer as ações compartilhadas de gestão integrada dos recursos hídricos”.

O Vice-Ministro do Meio Ambiente argentino concorda com a Secretária, e afirma que “esse intercâmbio de idéias é muito positivo, pois a América Latina tem uma realidade bastante particular”, referindo-se a outras experiências como a despoluição do Tâmisa. Para Picolotti, “os projetos desenvolvidos pelo Estado de São Paulo começaram há mais de 15 anos, o que nos possibilita aprender e, possivelmente, implementar os conhecimentos técnicos existentes”.

Da Secretaria de Saneamento e Energia