Aos 35 anos, Metrô transporta 3,3 milhões de usuários/dia e tem planos de crescimento

Transporte oferece quatro linhas, 61,3 km de trilhos, 55 estações e 127 trens

qua, 27/01/2010 - 14h00 | Do Portal do Governo

Em 2010, a meta do Metrô de São Paulo é transportar 4,5 milhões de passageiros por dia. No ano passado, foram atendidos diariamente 3,3 milhões de usuários. A ampliação no atendimento é resultado do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano (Expansão SP), que garantirá mais eficiência e qualidade dos serviços do transporte público nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista. Para isso, o Governo paulista está investindo mais de R$ 21 bilhões, o maior volume de recursos já destinado no Brasil para ampliar e modernizar o transporte coletivo.

No ano passado, o Metrô completou o seu 35º aniversário de operação comercial em São Paulo com quatro linhas, 61,3 quilômetros de trilhos, 55 estações e 127 trens. É o mais antigo do País e chegou à marca de 18,9 bilhões de passageiros transportados, quase três vezes a população da Terra.

Rede ampliada e viagens mais rápidas

A rede sobre trilhos na Região Metropolitana com qualidade de Metrô será quadruplicada dos atuais 61,3 quilômetros para 240 quilômetros – sendo 160 quilômetros em trilhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) – o que poderá elevar em 55% o número de usuários e provocar redução média de 25% no tempo de viagem. Novos corredores de ônibus e o Metrô Leve farão a integração entre os demais trechos, trazendo conforto e facilidade aos usuários. Todas as estações estão sendo reformadas e adaptadas para facilitar o embarque e o desembarque de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O sinal de celulares está sendo ampliado para todo o sistema.

Mais bicicletários e estacionamentos interligados com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a CPTM ajudarão os usuários a diminuir o tempo de deslocamento. Além disso, o Expansão SP vem gerando 40 mil empregos diretos e milhares indiretos. O plano entregou o primeiro novo trem à Linha 2-Verde do Metrô em março. Mais dois desses equipamentos beneficiaram os passageiros em dezembro. Ar-condicionado em todos os vagões; nível de ruído reduzido; portas mais largas para facilitar o embarque e o desembarque; quatro câmeras de segurança internas e uma externa para monitoramento das operações; e freios antideslizantes e antiderrapantes para garantir uma parada suave são as novidades das novas composições. O design externo, mais limpo e com a nova comunicação visual, nas cores da Linha 2-Verde, é outro atrativo.

Além disso, o Metrô finalizou as obras do último encontro de túneis da Linha 2-Verde, extensão entre Sacomã e Vila Prudente. A escavação liga as futuras estações Vila Prudente e Tamanduateí. As obras de ampliação têm 3,9 quilômetros de vias e três estações: Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente. Com essa ação, mais uma etapa do Plano de Expansão foi concluída, seguindo o cronograma de obras da Linha 2-Verde.

Nos projetos futuros, está o monotrilho, novo conceito de Metrô, que fará parte do prolongamento da Linha 2-Verde até Cidade Tiradentes. O trem funcionará com tração elétrica e correrá sobre pneus, circulando numa via elevada entre 12 e 15 metros de altura, dependendo do trecho. Serão 17 novas estações nos 23,8 quilômetros de extensão. A previsão é que sejam atendidos cerca de 500 mil usuários diariamente entre o trecho Vila Prudente-Cidade Tiradentes.

Durante o ano, o Governo também anunciou duas licitações internacionais para a compra de mais 33 composições pela CPTM: nove trens para a Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) e 24 para a Linha 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi).

A empresa espanhola CAF está fabricando 48 trens para a CPTM: 20 para a Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato), 20 para a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana) e 8 para a Linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú). O primeiro está em fase final de acabamento e testes estáticos na fábrica de Beasain (Espanha).

Nova Marginal 

Outra novidade importante na área dos transportes foi o início das obras da nova Marginal do Tietê, em junho. O investimento de R$ 1,3 bilhão prevê, além de novas pontes e viadutos, plantio de 83 mil árvores e implantação de ciclovia ao longo dos 23 quilômetros de pista. Os trabalhos na Marginal abrangem 46 quilômetros de pistas, 23 quilômetros de cada lado do rio. Além da criação de nova pista central, a obra compreende a construção de pista local, instalação de novas alças de acesso, construção de quatro pontes e alargamento das existentes. As novas alças serão instaladas na Ponte Cruzeiro do Sul (sentido bairro-Castelo Branco pela pista local), e na Ponte das Bandeiras (sentido cidade-Ayrton Senna pela pista expressa).

O empreendimento total (que compreende ainda a compensação ambiental, monitoramento eletrônico e sinalização horizontal e vertical) é de pouco mais de R$ 1,8 bilhão. Os recursos são do Governo do Estado e das concessionárias AutoBan e Ecopistas, cabendo R$ 1,1 bilhão ao primeiro e R$ 200 milhões às concessionárias. O projeto ainda inclui três novas faixas, além da construção de sete obras de artes especiais, sendo quatro novas pontes (Complexo Bandeiras, Cruzeiro do Sul, Tatuapé e Complexo Dutra/Castelo Branco) e três viadutos para melhorar a fluidez das vias local e auxiliar a expressa.

A Marginal registra 1,2 milhão de viagens por dia, o que a torna a mais movimentada do País. As filas de congestionamento atingem, em média, 30 quilômetros nos períodos de pico, representando 25% do total de congestionamento medido na cidade de São Paulo. Nesses momentos mais críticos, o usuário leva 1h20 para percorrê-la. De acordo com a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), que coordena as obras da reforma da via, com o novo projeto a previsão é que esse tempo diminua para 40 ou 50 minutos, ou seja, redução de quase 50% em relação ao que ocorre atualmente.

Em outubro, foram liberadas ao tráfego, no sentido Ayrton Senna-Castelo Branco, três novas faixas entre a Ponte da Freguesia do Ó e a Ponte da CPTMA nova pista, com três faixas de rolamento, permite maior fluidez do tráfego em direção ao Complexo Anhanguera-Bandeirantes. O segundo trecho, de 1,2 quilômetro, tem início 200 metros antes da Ponte do Tatuapé e se estende até a saída da Rodovia Presidente Dutra. O Parque Várzea do Tietê, que faz parte do projeto compensatório das obras da nova Marginal, também foi anunciado em julho e terá 75 quilômetros de extensão e 107 quilômetros quadrados de área. É considerado o maior parque linear do mundo e irá auxiliar na drenagem de águas pluviais quando chove além do normal, evitando complicações no trânsito nas pistas da marginal.

Da Agência Imprensa Oficial