Antecipação do fim da queima da cana reduz emissões de dióxido de carbono

Para cada hectare de cana que passou a ser colhida com máquinas, 622 quilos de dióxido de carbono equivalente deixam de ser emitidos

seg, 30/11/2009 - 13h00 | Do Portal do Governo

Com a antecipação do fim da queima da palha de cana-de-açúcar, 550 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) por ano deixam de ser emitidos. Este resultado só foi alcançado devido à adesão de 85% das usinas paulistas ao Protocolo Agroambiental, do programa Etanol Verde, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos da Secretaria do Meio Ambiente.

Para cada hectare de cana-de-açúcar que deixou de ser queimada e passou a ser colhida com máquinas, evita-se a emissão de 622 quilos de dióxido de carbono equivalente – CO2e. A unidade é calculada com a finalidade de equiparar a proporção de aquecimento que os diferentes gases de efeito estufa causam no planeta.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, para a execução da gestão ambiental são necessários cinco pontos. “Inovação tecnológica, afinal não enfrentamos as mudanças climáticas sem isso; energias renováveis, que é a grande vantagem do Brasil; economia verde, que representa um novo patamar de produção; ativismo do estado, pois os governos têm que ativos na agenda ambiental; e desenvolvimento sustentável na prática, que é o grande desafio”, afirma.

Para o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única), Marcos Jank, diversas usinas signatárias utilizam os dados do Protocolo Agroambiental para comprovar a sua sustentabilidade para os mercados nacional e estrangeiro. “São Paulo tem a oportunidade de depender menos da energia das hidrelétricas com o melhor aproveitamento da palha na geração de bioenergia”, destaca. Jank ainda lembra que os usineiros e produtores de cana estão alinhados com os compromissos da agenda ambiental. “O plano estadual de mudanças climáticas é inovador e ousado, e o setor está comprometido em cumprir com as metas estabelecidas nele”, diz.

Na avaliação do secretário de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, o protocolo marca um novo modelo de relacionamento entre o setor produtivo e o governo. “Esse protocolo deixou de ser só da agenda ambiental e passou a ser da agenda de produção”, assinala. De acordo com os dados divulgados, cerca de 2 milhões de toneladas de CO2e foram mitigadas em 2009 pela cogeração de bioenergia a partir do bagaço da cana. O setor prevê que até o final de 2017 serão mais de 32 mil hectares de matas ciliares recuperados e 50 milhões de mudas plantadas.

Da Secretaria do Meio Ambiente