Em seis anos, o diagnóstico de sífilis em gestantes aumentou mais de 1.000% no Estado de São Paulo, segundo estudo feito pela Secretaria da Saúde. Este resultado é consequência do crescimento do número de municípios e serviços que passaram a notificar os casos. A oferta de serviços notificadores passou de 117 para 1.046 no período analisado.
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Os números mostram que em 2005 as cidades paulistas comunicaram 189 casos de sífilis em mulheres grávidas, pulando para 3.260 em 2011. A quantidade de cidades que notificavam os casos de sífilis passou de 55 em 2005 para 230 em 2010. De acordo com o estudo, metade das gestantes que apresentaram a enfermidade tem idade entre 20 e 29 anos.
A ampliação do diagnóstico permite a realização de um trabalho preventivo pelos serviços públicos de saúde para evitar a sífilis congênita. A doença é transmitida para o bebê por meio da placenta, com risco de aborto prematuro, abortamento espontâneo e prejuízos para a saúde da criança, como baixo peso, surdez, deformidades dentais e ósseas, inclusive retardo mental e óbito neonatal.
Sífilis congênita
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a sífilis congênita pode ser considerada uma doença eliminada quando os índices atingirem 0,5 caso para mil nascidos vivos. A Coordenação Estadual DST/Aids da Secretaria da Saúde tem por meta atingir este índice em 2015. “Esta doença é totalmente evitável, desde que a gestante com este diagnóstico tome as medidas recomendadas de tratamento e de acompanhamento o quanto antes”, diz a responsável pelo Plano de Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis e do HIV, Luiza Matida.
Do Portal do Governo do Estado