Alckmin notifica ANTT e MRS para limitar o transporte de carga nos trilhos da CPTM durante o dia

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira, 19, durante o lançamento do Serviço Corujão, que notificará a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a MRS Logística sobre a necessidade […]

qui, 19/09/2013 - 13h54 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira, 19, durante o lançamento do Serviço Corujão, que notificará a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e a MRS Logística sobre a necessidade de limitar a circulação de trens de carga nos trilhos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), responsável pelo transporte de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo. Ontem, um trem de carga da MRS Logística que levava bauxita descarrilou e atingiu uma composição de passageiros que trafegava na Linha 7-Rubi da CPTM.

“Eles precisam tomar as providências para utilizar os trilhos apenas no horário noturno, o chamado deserto, quando não há trem de passageiros”, ressaltou. Segundo o governador, o peso do transporte de cargas é enorme e é totalmente inadequado o compartilhamento de trilhos entre carga e passageiros.

Por força de convênio com o Governo Federal, desde a criação da CPTM, em 1992, as vias dos trens metropolitanos são compartilhadas com os trens de carga. Os trens cargueiros podem circular na CPTM em duas janelas de menor movimento: das 10h às 15h e das 22h às 3h.

A única linha em que esses trens não circulam é a 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú). Nas outras cinco, 7-Rubi (Luz-Francisco Morato), 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra), 11-Coral (Luz-Guaianazes-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana), circulam cerca de 70 trens de carga por dia, com viagens durante a noite (entre 22h e 3h) e nos horários de vale (entre 10h e 15h).

A quantidade de carga transportada em média, por mês, é de 2,9 milhões de toneladas (tonelada bruta). Os trens chegam a ter até 1.500 metros de extensão e podem pesar até 8.000 toneladas. A velocidade que circulam é incompatível com os intervalos e velocidade dos trens de passageiros, o que acarreta alterações na circulação.

“Em 2016, encerra-se o convênio e nós não queremos mais o trem de carga. Já alertamos o Governo Federal sobre a necessidade de uma alternativa para o transporte de cargas em São Paulo”, ressaltou Alckmin.

A CPTM está modernizando o seu sistema e se preparando para reduzir ainda mais os intervalos entre os trens, o que inviabilizará, num futuro muito próximo, o compartilhamento das vias. Por isso, a implantação do Ferroanel é urgente e inadiável. Por dia, circulam 2,6 milhões de passageiros nos trens da CPTM e a tendência é que esse número aumente com a expansão da linha até Varginha e o Aeroporto de Guarulhos.