Em SP, uma em cada quatro crianças está imunizada contra polio e sarampo

Mais de 1,1 milhão de doses foram aplicadas em cinco dias; meta é imunizar 2,2 milhões de crianças entre 1 ano e menores de 5 anos

sex, 10/08/2018 - 14h14 | Do Portal do Governo

Mais de 25% das crianças paulistas com idade entre 1 e 5 anos foram vacinadas contra paralisia infantil (poliomielite) e sarampo nos últimos cinco dias, por meio da campanha de vacinação em curso. É o que aponta o balanço feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com base nos dados informados pelos municípios.

Até o momento, foram aplicadas 1.130.333 doses de ambas as vacinas, desde 4 de agosto, quando a campanha ‘Dia D’ extra de vacinação foi realizada exclusivamente no Estado.

Neste período, 569.904 crianças foram vacinadas contra pólio e 560.429 contra sarampo. A população-alvo prevista na campanha é de 2,2 milhões de crianças paulistas. É fundamental que os pais ou responsáveis levem aqueles que ainda não foram vacinados aos postos de vacinação até 31 de agosto, data prevista para encerramento da campanha.

A meta é vacinar pelo menos 95% das crianças com idade entre um ano e cinco anos incompletos. A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.

A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo, a partir desta semana, a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente em crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Helena Sato, diretora de imunização da Saúde. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

“Contamos com os pais e responsáveis para que continuem mobilizados para levar as crianças aos postos de vacinação. A vacina é segura e é indispensável para a eliminação de riscos da circulação de pólio e sarampo no Estado de São Paulo”, complementa Sato.

Um segundo ‘Dia D’ acontece no próximo dia 18 de agosto, quando os postos de vacinação também estarão abertos em um sábado para a imunização. Mais de 35 mil profissionais estão mobilizados na campanha do Estado, com suporte de cerca de 3 mil veículos, entre carros, ônibus e barcos.

Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.

O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A imunização contra o sarampo é feita por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses por meio da aplicação da tetraviral, que inclui a imunização contra varicela.

A doença geralmente se manifesta de forma mais acentuada nos primeiros dias após o contágio. “Os principais indícios do vírus são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento de inflamações avermelhadas na pele. Ao perceber os sintomas, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico”, afirma o especialista do Instituto Emílio Ribas, Ralcyon Teixeira.