Vacinação contra pólio e sarampo termina nesta semana

 Vacinação se encerra na sexta-feira, 14 de setembro; Estado ainda quer imunizar cerca de 200 mil crianças

ter, 11/09/2018 - 10h28 | Do Portal do Governo

A campanha de vacinação contra sarampo e paralisia infantil (poliomielite) termina nesta semana, em São Paulo. Até o momento, o Estado vacinou mais de 2 milhões de crianças contra ambas as doenças, imunizando mais de 90% do público-alvo, na faixa-etária entre 1 e menores de cinco anos, conforme dados informados pelos municípios, até 6 de setembro.

Até sexta-feira (14), o Estado pretende alcançar aproximadamente 200 mil crianças ainda não vacinadas contra ambas as doenças. O objetivo é atingir a meta de vacinar 95% do público infantil. Há 2,2 milhões de crianças paulistas na faixa-etária.

A Secretaria convoca os pais e responsáveis para levarem as crianças aos postos até a próxima semana. As doses seguem disponíveis nos postos.

O Estado já aplicou mais de 4 milhões de doses de vacinas contra ambas as doenças, garantindo a imunização de 2.022.141 crianças contra pólio e 2.002.525 contra sarampo, conforme aponta o balanço feito pela pasta, com base nos dados informados pelos municípios. Para atingir o total do público-alvo, ainda é preciso aplicar cerca de 180 mil doses da vacina contra paralisia infantil e de 200 mil contra sarampo.

O prazo de encerramento da campanha foi prorrogado, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde. Cada município pode organizar suas estratégias conforme as necessidades locais, incluindo os que eventualmente já tenham atingido a meta.

“Pedimos que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos durante esta semana. É muito importante chegarmos à meta de 95% de cobertura vacinal contra poliomielite e sarampo, pois isso contribui para a eliminação dos riscos da circulação dessas doenças”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato.

A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria também orientou as prefeituras paulistas para que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos. Além deste produto, os municípios também estão recebendo a vacina produzida pelo Serum Institute of India, enviada pelo Ministério da Saúde, e que contem a referida proteína. Essa vacina poderá ser aplicada normalmente nas crianças não alérgicas.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Sato. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

De acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira, a doença geralmente se manifesta de forma mais acentuada nos primeiros dias após o contágio. “Os principais indícios do vírus são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento inflamações avermelhadas na pele. Ao perceber os sintomas, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico”, afirma o especialista do Instituto Emílio Ribas.

Em São Paulo, a campanha foi iniciada em 4 de agosto, com um ‘Dia D’ extra feito exclusivamente no Estado. Outros dois ‘Dias D’ ocorreram, respectivamente, em 18 de agosto e 1º de setembro.

Não há registro de casos de paralisia infantil em SP há 30 anos e, desde 2000, não existem casos autóctones de sarampo no Estado.