A partir de 2019 o princípio das cotas étnico-raciais será adotado para ingresso nos cursos de graduação da Unicamp.
A decisão foi aprovada pelo Consu, o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas. Agora, um Grupo de Trabalho (GT) será constituído para desenvolver uma proposta de implementação progressiva das cotas.
Depois de o modelo sugerido pelo GT ser debatido nas unidades de ensino e pesquisa e nos órgãos colegiados específicos da instituição, o Consu decidirá o formato a ser adotado até novembro deste ano.
“Demos um passo importante com a aprovação do princípio das cotas étnico-raciais. Agora, vamos discutir com profundidade e serenidade o modelo para implementá-las. Nosso esforço será no sentido de fazer com que a sociedade esteja representada na instituição”, disse o reitor Marcelo Knobel.
Para o reitor, a decisão foi “histórica”, por avançar em relação às ações já mantidas pela Unicamp, como o Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (Paais), criado em 2004, e o Programa de Formação interdisciplinar Superior (ProFIS), instituído em 2011.
“Esta é uma das maneiras de aproximar a instituição da sociedade. Temos que estabelecer um diálogo transparente com os cidadãos e, na medida do possível, dar respostas às suas aspirações”, disse Knobel.
Além de sugerir o modelo do sistema de cotas a ser adotado, o GT apresentará sugestões acerca de outras questões relacionadas ao tema.
A expectativa é que seja elaborado um programa de suporte socioeconômico e acadêmico a universitários com tais necessidades. Entre as ideias previstas estão a concessão de bolsas moradia, transporte, alimentação, além de auxílios psicológico, pedagógico e acadêmico.