Unicamp terá cotas étnico-raciais para graduação a partir de 2019

Grupo de Trabalho discutirá formato de implementação para ser aprovado até o próximo mês de novembro

seg, 05/06/2017 - 15h37 | Do Portal do Governo
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Integrantes do Consu da Unicamp aprovam princípios de cotas étnico-raciais para ingresso nos cursos de graduação

A partir de 2019 o princípio das cotas étnico-raciais será adotado para ingresso nos cursos de graduação da Unicamp.

A decisão foi aprovada pelo Consu, o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas. Agora, um Grupo de Trabalho (GT) será constituído para desenvolver uma proposta de implementação progressiva das cotas.

Depois de o modelo sugerido pelo GT ser debatido nas unidades de ensino e pesquisa e nos órgãos colegiados específicos da instituição, o Consu decidirá o formato a ser adotado até novembro deste ano.

“Demos um passo importante com a aprovação do princípio das cotas étnico-raciais. Agora, vamos discutir com profundidade e serenidade o modelo para implementá-las. Nosso esforço será no sentido de fazer com que a sociedade esteja representada na instituição”, disse o reitor Marcelo Knobel.

Para o reitor, a decisão foi “histórica”, por avançar em relação às ações já mantidas pela Unicamp, como o Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (Paais), criado em 2004, e o Programa de Formação interdisciplinar Superior (ProFIS), instituído em 2011.

“Esta é uma das maneiras de aproximar a instituição da sociedade. Temos que estabelecer um diálogo transparente com os cidadãos e, na medida do possível, dar respostas às suas aspirações”, disse Knobel.

Além de sugerir o modelo do sistema de cotas a ser adotado, o GT apresentará sugestões acerca de outras questões relacionadas ao tema.

A expectativa é que seja elaborado um programa de suporte socioeconômico e acadêmico a universitários com tais necessidades. Entre as ideias previstas estão a concessão de bolsas moradia, transporte, alimentação, além de auxílios psicológico, pedagógico e acadêmico.