Unicamp recebe doação de livros particulares

Teólogo e antropólogo Etienne Samain doou coleção particular com 2.400 volumes à Biblioteca “Octávio Ianni”, do IFCH

ter, 01/01/2019 - 18h05 | Do Portal do Governo

A Biblioteca “Octávio Ianni”, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade de Campinas (Unicamp), recebeu cerca de 2.400 volumes do Teólogo e antropólogo Etienne Samain. Os títulos tratam principalmente de temas ligados à Antropologia, Antropologia Visual, Artes Visuais e Antropologia e Exegese Bíblica.

Samain, que nasceu na Bélgica, chegou ao Brasil em 1974. Filho de pai editor, trazia na bagagem oito malas de livros. Mais de 40 anos depois, a biblioteca do professor aposentado do Instituto de Ares (IA) da Unicamp foi significativamente ampliada.

Ele conta que decidiu doar o acervo há cerca de dois anos. Os livros nele contidos constituem, em boa medida, um relato da trajetória pessoal e acadêmica do docente. “Decidi doar os livros porque entendi que, agora, eles querem viajar. Eu digo tchau. Eles são grandes o suficiente para eu confiar nos seus destinos”, explica.

Antes de entregar os volumes aos cuidados da Biblioteca do IFCH, Samain executou um trabalho de fôlego. Ele fez uma espécie de pré-catalogação dos livros. Os exemplares foram organizados por temas e acondicionados em caixas de papelão, que receberam etiquetas descritivas. Ao todo, foram doadas 67 caixas.

A diretora técnica da Biblioteca, Valdinéa Sonia Petinari, reconheceu a importância do gesto. “Quando soubemos que a Biblioteca Octávio Iann’ seria a escolhida pelo professor, nós nos sentimos muito honrados e agradecidos por receber essa coleção tão significativa”, disse.

Os trabalhos de catalogação do acervo doado por Samain já foram iniciados. Das 67 caixas, duas foram abertas e devidamente ordenadas.

“Com toda certeza os livros doados serão muito úteis e contribuirão ainda mais para o enriquecimento do acervo da nossa Biblioteca, bem como para estudos e desenvolvimento de pesquisas. O acervo da Biblioteca também é aberto ao público em geral para consulta local e atende outras universidades por meio do serviço de Empréstimo entre Bibliotecas (EEB)”, explicou.

Samain conta que nunca pensou em formar uma biblioteca. “Ela nasceu das minhas necessidades e das necessidades de meus alunos, como forma de nutrir as temáticas com as quais trabalhamos. Não sou um colecionador. Por outro lado, diria que esta biblioteca é um arquivo vivo. E permanecerá como memória viva de um passado, de uma trajetória de questionamentos e de desejos futuros. Outros vão se utilizar disso para também construir suas trajetórias”, finalizou.