Os secretários de Estado da Saúde, José da Silva Guedes, e do Governo e Gestão Estratégica, Antonio Angarita, receberam nesta quarta-feira, dia 10, às 12 horas, representantes dos funcionários do setor de saúde. Da reunião que estava agendada desde a semana passada, participaram os líderes do Sindisaúde e os deputados que compõem a comissão de saúde da Assembléia Legislativa, Milton Flavio, Jamil Murad, Roberto Gouveia e Pedro Tobias.
Do lado de fora do Palácio, cerca de 300 funcionários esperavam o resultado do encontro.
Em síntese, os funcionários reivindicam quatro pontos: reajuste de 67%, revalorização do vale-refeição, revisão dos critérios para o prêmio-incentivo e uma extensão do regime de 30 horas para o pessoal administrativo. Guedes informou que a reunião de hoje será retomada na próxima quarta-feira, dia 17, para que as propostas sejam avaliadas.
O secretário da Saúde rebateu as informações de que os funcionários estejam há cinco anos sem reajustes. Ele disse que em 1995 um atendente da área de enfermagem recebia R$ 159,00 e em outubro do ano passado passou para R$343,00. ‘Uma correção de 115%, acima da inflação’, afirmou.
Pelos números da Secretaria da Saúde, um auxiliar de enfermagem que em 1995 recebia R$ 230,00 em outubro do ano passado recebeu R$ 493,00. O salário de uma enfermeira passou de R$ 440,00 para R$ 809,00 e um médico que ganhava R$ 723,00 passou a ganhar mais de R$ 1000,00. O secretário lembrou que além do prêmio de produtividade, foi introduzido o sistema de plantão, que beneficiou a classe. Quanto à decretação de greve no setor, que teria ocorrido hoje, Guedes disse que não tinha informações sobre paralisação.
Secretários estaduais recebem reivindicações dos funcionários da área da Saúde
Nova rodada de negociações será na próxima semana