São Paulo testa conceito de home office no serviço público

Medida, aprovada em decreto, busca reduzir custos fixos, como manutenção do escritório (energia elétrica e água), transporte e alimentação

qui, 13/07/2017 - 11h31 | Do Portal do Governo

O decreto 62.648, que cria regras para o teletrabalho no serviço público, foi sancionado. A medida possibilita que servidores realizem suas funções profissionais a distância, fora das dependências físicas onde atuam, em alguns dias da semana (exceto às sextas e segundas-feiras).

Experiências já estão em curso na Secretaria da Fazenda, com o objetivo de reduzir custos fixos, como manutenção do escritório (energia elétrica e água), transporte e alimentação. A medida também objetiva o aumento de produtividade. Para isso, serão estabelecidas metas semanais.

Este projeto piloto, que deverá durar oito meses, está em fase de testes na diretoria de Representação, nas unidades de Bauru, Campinas e São Paulo. Dos 80 agentes dessa área, 20 se candidataram para o projeto. Os servidores da área são responsáveis por análise e revisão de autos de infração.

“Todos os controles acessados por estes agentes são digitalizados. A Fazenda pode, por exemplo, acompanhar o horário em que o servidor acessou o sistema e quais processos foram baixados. Tudo como já é realizado atualmente nas dependências da Secretaria”, destaca o secretário estadual da Fazenda, Helcio Tokeshi.

A única diferença é que os servidores fazem tudo isso da sua própria residência – mas com ganho da sua satisfação pessoal: livres da agitação diária de ter que percorrer longas distâncias e perder tempo no trânsito, eles podem encontrar um equilíbrio entre a vida privada e o trabalho.

Com isso, o servidor ganha mais flexibilidade: uma vez que trabalha mais descansado, consequentemente se torna mais produtivo. A solução é um ganha-ganha e poderá resultar em redução de custos fixos para o Estado no futuro: será menor a necessidade de espaço físico para alocar determinados perfis de servidores que atendam às peculiaridades de cada tipo de trabalho desenvolvido.

A ideia, ao final do projeto piloto, é estender esse conceito em áreas onde haja efetivo controle sobre o trabalho, possibilitando a mensuração de critérios de produtividade. Trata-se de um processo gradativo e cauteloso, capaz de detectar o que funciona e em quais áreas poderá ocasionar ganho de produtividade. Outras áreas da Fazenda futuramente podem ser as próximas a implementar o conceito.