Sabesp e BNDES assinam contrato para obra que vai interligar as represas Jaguari e Atibainha

Capacidade de reservação dos sistemas será dobrada, passando de 1 bilhão para 2,1 bilhões de metros cúbicos

qui, 25/06/2015 - 13h33 | Do Portal do Governo

O governador Geraldo Alckmin e a presidente Dilma Rousseff assinaram nesta quinta-feira, 25, em Brasília, financiamento do BNDES para mais uma obra que garantirá a continuidade do abastecimento de água durante a crise hídrica. A interligação entre as represas Jaguari (bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (bacia do Sistema Cantareira) terá investimentos totais de R$ 830,5 milhões e está inserida no programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O financiamento com o BNDES é de R$ 747 milhões, dos quais R$ 83 milhões de contrapartida da Sabesp, órgão responsável pela obra.

“Nós vamos fazer uma grande obra, dobra a capacidade de reservação dos dois sistemas, passa de 1 bilhão para 2,1 bilhões de metros cúbicos. Diminui vulnerabilidade, quando chove, chove demais, quando faz seca, faz seca demais, com essas mudanças climáticas que, tudo indica, vieram pra ficar. Então à medida que aumentamos a reservação, quando chover guarda, quando precisar, usa. E os dois reservatórios integrados é mão dupla. São 19 km, 13 de adutoras e seis em túneis. Uma obra estruturante prevista para 2017”, disse Alckmin.

A fase de pré-qualificação das empresas foi finalizada e a licitação eletrônica está marcada para o dia 29 de junho. Entre maio e junho, foram realizadas audiências públicas nas cidades de Santa Isabel, Igaratá, Nazaré Paulista e São José dos Campos, locais por onde passam as obras. Os encontros reuniram moradores e representantes da Sabesp, prefeitura e do Conselho Estadual do Meio Ambiente. O resultado das audiências está em avaliação pela Cetesb e, após processo, será emitida a Licença Prévia do empreendimento.

Entenda mais a obra

A obra estruturante permitirá a captação de água na represa Jaguari e a transferência para a represa Atibainha. Com vazão média prevista de 5.130 litros por segundo e a máxima de 8.500 litros por segundo, o sistema também permitirá a transferência de água no sentido contrário, da represa Atibainha para a Jaguari. A transferência estará pronta para funcionar em 18 meses, após assinatura de contrato, no sentido da Jaguari para a Atibainha, reforçando o Sistema Cantareira.

A represa Jaguari de Igaratá tem capacidade para 1,2 bilhão de metros cúbicos de água. Sozinha ela armazena 20% mais água do que o volume útil dos quatro reservatórios do Cantareira. A Jaguari alimenta o rio Paraíba do Sul, situação que não será afetada pela nova obra. A novidade é que a represa poderá também receber ou enviar água para o Sistema Cantareira.

Novos reservatórios em Campinas

O governador pediu também para a presidenta da república a inclusão, no financiamento do PAC, da construção de dois reservatórios na região de Campinas, que permitirão a reservação de 67,4 milhões de m3 de água.

“Durante a audiência com a presidenta, pedimos para ser incluído no PAC a obra de dois grandes reservatórios, um no Rio Jaguari, em Pedreira, e outro no rio Camanducaia, em Amparo. Deveremos entregar no Ministério das Cidades nos próximos dias o projeto executivo e, em seguida, o licenciamento ambiental”, anunciou Geraldo Alckmin.

De acordo com o projeto, o reservatório Pedreira, no rio Jaguari, ocupará uma área de 4,35 km2, nas cidades de Pedreira e Campinas, a capacidade será de 26,3 milhões de m3 de água, com vazão estimada em 8,2 m3/s. O reservatório Duas Pontes, no rio Camanducaia, utilizará 7,6 km2 de área na região de Amparo, terá capacidade de 41,1 milhões de m3 de água e a mesma vazão estimada do primeiro reservatório, 8,2 m3/s.

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