Revitalização: CIC do Imigrante oferece 25 serviços aos usuários

Localizada na Barra Funda, na capital paulista, unidade apresenta cursos oferecidos pelo Fundo Social de Solidariedade

seg, 22/10/2018 - 16h13 | Do Portal do Governo

Desde dezembro de 2014, o Centro de Integração da Cidadania (CIC) do Imigrante, na região da Barra Funda, na capital paulista, realiza ações constantes para promover a inserção dos estrangeiros. O espaço, ligado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, passou por uma revitalização neste ano e, em 4 de setembro, passou a oferecer novos serviços aos usuários.

“Os cidadãos de outras nacionalidades conseguem encontrar tudo no mesmo complexo”, salienta a diretora-técnica do CIC do Imigrante, Silvana Paula Pereira. “Nosso intuito é identificar as necessidades reais das pessoas e ver como podemos acolhê-las”, acrescenta a gestora.

Desde o mês passado, são realizadas aulas de cursos oferecidos pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp) com os nativos de outros países que buscam oportunidades da capacitação. As atividades da Escola de Moda, da Padaria Artesanal e da Escola de Construção Civil levam aos alunos possibilidades de ampliar os conhecimentos e obter melhor preparação para o mercado de trabalho.

Demanda

Vale destacar que o projeto pioneiro do Governo do Estado atende à demanda crescente verificada pelos comitês de enfrentamento ao tráfico de pessoas, combate ao trabalho escravo e atenção aos refugiados. O CIC do Imigrante, inclusive, após a revitalização, inclui na programação ações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Aluno da Escola de Construção do Fussesp (que oferece cursos de Pedreiro e de Assentador de Pisos e Azulejos), o haitiano Toussaint Ward, de 30 anos, tinha o sonho de visitar o Brasil durante a Copa do Mundo de 2014, mas chegou ao Brasil no ano seguinte, de modo a obter mais oportunidades profissionais.

“O conteúdo do curso é muito bom. Sem uma profissão, é difícil trabalhar no Brasil Os professores são bons, pois entendemos tudo que eles falam”, ressalta o ajudante de serralheiro, que soube da iniciativa durante a ida a um Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) na Barra Funda.

O marceneiro Samuel Lumintor, de 35 anos, também do Haiti, está no Brasil desde 2014. Ele já trabalhou como pedreiro no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Busco uma vida melhor. O curso é muito importante, pois o conhecimento nos ajuda a ter mais oportunidade. Os professores são tranquilos”, avalia.

“Agradeço ao Governo do Estado por abrir as portas para nós. Vim sozinho ao País e minha esposa chegou depois. Tenho um filho nascido aqui. Depois do terremoto, o Haiti perdeu muito”, revela o morador do Cambuci, na cidade de São Paulo.

Conhecimento

Os alunos das atividades conduzidas pelo Fundo Social aguardaram a oportunidade para aperfeiçoarem o conhecimento em diversas áreas e obter os certificados, com os quais poderão comprovar a qualificação para o reposicionamento no mercado de trabalho.

Os imigrantes elogiam a receptividade dos brasileiros e a capacidade de o País receber todos com carinho e cordialidade. “Considero todos como irmãos. Nós, estrangeiros, precisamos desse tipo de apoio e compreensão”, diz Marc Joseph, de 29 anos, do Haiti, que enfatizou a importância da solidariedade em território nacional.

Ao todo, após a revitalização, a unidade do CIC passou a prestar 25 serviços, que incluem parcerias com o Posto de Atendimento ao Trabalhador, a Defensoria Pública Geral e o Procon, entre outros. Entre os dias 4 e 27 de setembro, por exemplo, foram atendidas 240 pessoas no local.